sexta-feira, 3 de julho de 2015

Moçambique mostra "Mafalala" na expo Milão

 
O histórico bairro da Mafalala, na capital moçambicana, Maputo, foi uma das principais atracções nos pavilhões de Moçambique e da organização Dom Bosco durante o último fim-de-semana na Expo Milão 2015, que decorre até 31 de Outubro naquela cidade Italiana.
A presença de “Mafalala” naquela feira pretendia mostrar a diversificação da oferta turística da capital moçambicana a partir de um novo e atractivo centro de turismo cultural e suburbano, explorando a história, as tradições e os demais elementos que identificam o bairro. 
A delegação moçambicana que apresentou a “Mafalala” em Milão era composta por Ivan Laranjeira, presidente da Associação IVERCA, e Saquia Rachide, bailarina do grupo Tufo da Mafalala, que levou os hábitos e costumes das “muthianas horeras” (mulheres bonitas, traduzido do Emakhwua para o Português), originárias da província de Nampula.  
Saquia Rachide é líder da banda Tufo da Mafalala, que pratica o tufo, uma dança de origem árabe ligada à religião muçulmana, praticada na região nortenha do país, mais precisamente no litoral costa das províncias de Cabo Delgado, Nampula e Zambézia.
No âmbito da promoção de “Mafalala” e da cultura moçambicana foi também realizada uma feira de livros de literatura nacional, onde foram expostas, entre outras obras, “A Marrabenta: Sua Evolução e Estilização, 1950-2002”, da autoria de Rui Laranjeira, e “Mafalala: Guia Cultural do Bairro Histórico de Maputo”, de Alejandro de los Santos Pérez.   
Houve também espaço para a projecção do filme “Marrabentando - As Histórias que a Minha Guitarra Canta”, realizado por Karen Boswell e que apresenta testemunhos de alguns dos maiores fazedores do estilo musical marrabenta, como são os casos de António Marcos e Dilon Djindji.
Ivan Laranjeira, que ministrou uma palestra no pavilhão do Dom Bosco, na Expo Milão, disse ao Notícias que a presença do bairro da Mafalala e da associação Iverca, que anualmente promove um festival cultural naquele bairro, foi incentivo para continuar a prosseguir os seus ideais de tornar o Festival Mafalala numa referência africana das artes e cultura.
Afirmou ainda que o Festival Mafalala deverá ser evento que não somente celebre a história e cultura do bairro, mas que seja um exemplo e caso de estudo para a forma como se pode aproveitar o património cultural e estabelecer contribuições valiosas na mudança de comportamentos sociais.
O pavilhão de Moçambique na Expo Milão foi inaugurado em maio último, num acto que decorreu em simultâneo com a cerimónia de abertura oficial deste evento.
Até 31 de Outubro diversas actividades terão lugar não apenas em Milão, mas também em cidades satélites como Reggio, Emília, Turim e Veneza, contando com a participação da comunidade moçambicana residente.

A Expo Milão 2015 decorre sob o lema “Nutrir o Planeta, Energia para a Vida” e é composta por 145 pavilhões em representação de 80 países.

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