“Mandela, filósofo africano” é o
título da obra da autoria do académico moçambicano Silvério Ronguane lançada segunda-feira,
na Sala dos Grandes Actos da Assembleia da República, na cidade de Maputo.
Trata-se de um livro que surgiu da
necessidade de saber um pouco mais sobre a filosofia africana e da vida e obra
do icónico líder sul-africano, Nelson Mandela, falecido em Dezembro de 2013.
A obra problematiza também a
existência ou não de uma filosofia africana, visto que esta é geralmente
negligenciada dado o facto de ela estar estreitamente vinculada às suas
tradições orais.
Falando na apresentação do livro, o
jornalista Jeremias Langa afirmou que a obra enriquece a historiografia
africana, no geral, e moçambicana, em particular, ao trazer a dimensão
filosófica do pensamento de Nelson Mandela, enaltecendo ao mesmo tempo os seus
feitos.
Ainda, segundo Jeremias Langa, o
livro coloca em constante diálogo Nelson Mandela e um dos mais importantes
filósofos da história, Sócrates, assumindo deste modo um papel importante para
que se possa entender o pensamento destas duas figuras.
Por sua vez o autor do livro disse
que “Mandela, filósofo africano” é dedicado aos estudantes e surge como
resultado da leitura de vários manuais que versam sobre a vida e obra do
primeiro Presidente negro da história da África do Sul.
Para o primeiro vice-presidente da
Assembleia da República de Moçambique, António Amélia, que dirigiu a cerimónia,
o livro apresenta o saber filosófico do seu autor inspirado por Nelson Mandela,
precursor dos ideais de paz, harmonia e concórdia social.
O líder histórico do Congresso
Nacional Africano (ANC) foi a figura mais emblemática à resistência contra o
“apartheid”, o regime de segregação racial imposto na África do Sul até 1994.
Símbolo da reconciliação e do
perdão, Mandela foi eleito como primeiro Presidente negro daquele país, após 27
anos de prisão. Recebeu em 1993 o Prémio Nobel da Paz juntamente com outro
líder político sul-africano, Frederik de Klerk, e governou a África do Sul de
1994 até 1999 e tornou-se num dos principais estadistas do século, visto pelos
seus compatriotas como o patriarca da “nação do arco-íris”. Nelson Mandela
morreu aos 95 anos em Dezembro de 2013.
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