terça-feira, 31 de março de 2015

Lilian Thuram relembra Njinga Mbandi e Kimpa Vita


Kimpa Vita e Njinga Mbandi são duas das “grandes figuras femininas” que o antigo futebolista francês Lilian Thuram narra no seu livro “As Minhas Estrelas Negras - de Lucy a Barack Obama”, lançado na Mediateca de Luanda, no âmbito da sua visita a Angola.
O autor fala dos feitos de Njinga Mbandi, soberana dos antigos reinos do Ndongo e da Matamba, no quinto capítulo, designado “O Orgulho e a Coragem de Uma Rainha: Ana Njinga”.

Lilian relembra o facto de que Njinga Mbandi “exigia às mulheres da nobreza angolana que soubessem ler e escrever e se exercitassem no manejo das armas. A rainha Ana Njinga ainda permanece no imaginário popular como personagem única, a prova de que os valores como o orgulho e a coragem são universais”.

Sobre Kimpa Vita, descrita no capítulo seguinte sob o tema “A Combatente pela Renovação: Dona Beatriz”, Lilian Thuram recorda o episódio segundo o qual Dona Beatriz recebeu uma orientação divina de Santo António: “Na sua imensa sabedoria, Santo António confiara-lhe a missão de libertar o reino do Congo do domínio do invasor português que, apoiado pela bênção do Papa, iniciara o tráfico negreiro, em 1455”.

O livro, versão em português, esgotou os poucos exemplares que a Aliança Francesa de Luanda pôs à venda. 
Além das duas figuras femininas ligadas à História de Angola, “As Minhas Estrelas Negras - de Lucy a Barack Obama” também narra a vida de outras ilustres personalidades africanas e afro-descendentes que contribuíram para o desenvolvimento da humanidade, como Marcus Garvey, Nelson Mandela, Aimé Césaire, Patrice Lumumba, Rosa Parks, Mongo Beti, Muhammad Ali, Cheick Modibo Diarra, Barack Obama.

Durante a sua estada em Luanda, Lilian Thuram, que também visitou o Museu Nacional da Escravatura, questiona os leitores se conseguem lembrar-se do nome de um cientista negro, de um explorador, filósofo, ou faraó negro. Os leitores podem encontrar as respostas nas 438 páginas da obra editada em 2013, com colaboração do historiador Bernard Fillaire, ilustrações de Vera Tavares e tradução de Susana Silva.

O lançamento do livro de estreia de Lilian Thuram faz parte do ante-projecto da 12ª edição do Festival Internacional de BD e Animação “Luanda Cartoon”, organizado pelo estúdio Olindomar, em parceria com o Instituto Camões e Aliança Francesa de Luanda.
 A visita de Thuram foi iniciativa da Aliança Francesa e do Estúdio Olindomar.
 Jornal de Angola

  

Fábulas de Angola em línguas nacionais

 
Um projecto denominado “Fábulas de Angola”, que comporta dez fábulas traduzidas em sete línguas nacionais, é lançado na quinta-feira na Casa de Cultura de Angola Malta da Paz e da Alegria, para comemorar  o Dia Internacional do Livro Infantil, 02 de Abril.
O evento, organizado pelo Ministério angolano da Educação em colaboração com a empresa Marcove – Marketing, Comunicação e Vendas, visa resgatar as línguas nacionais.

A Casa de Cultura de Angola Malta da Paz e da Alegria e a Casa da Cultura Brasil - Angola levam, assim, a mais de 100 crianças, histórias infantis de escritores angolanos e ­fábulas em línguas nacionais.
As crianças têm acesso à leitura das histórias, pelos respectivos autores, leitura de fábulas em línguas nacionais, apresentação de coreografias e corpografias do grupo teatral Malta da Paz e da Alegria, bem como a diversas brincadeiras.

Três fábulas, já editadas em revista e vídeo, são apresentadas na actividade: “Dudu, o Menino que Queria ver o Mar”, “Bangão, o Mensageiro Trapalhão” e “As Sementes Mágicas”. Os escritores  Yola Castro e John Bella fazem a leitura de livros da sua autoria para as crianças, durante a edição especial da “Sopa de Letrinhas”, que inclui rodas de leitura.


Jornal de Angola

segunda-feira, 30 de março de 2015

Jovem poeta moçambicano ganha prémio internacional

A obra “Almas em Tácitas” do jovem escritor moçambicano Lino Mukuruza foi classificada em segundo lugar no II Concurso Internacional da ALACIB (Academia de Letras, Artes e Ciências do Brasil), na categoria de poesia. O prémio foi revelado a partir do Brasil, no passado dia 22.
Coube o primeiro lugar à obra “Sonhos Enigmáticas”, da autoria de Fábio Kawati, do Brasil, e o terceiro lugar à obra “Compromisso”, de Juan Carlos Pirali Brescia, da Argentina.

Além das três nomeações, houve distinção do quarto e quinto lugares, como também as menções honrosas.
O País

Músico moçambicano grava com Manu Dibango


O saxofonista moçambicano  Moreira Chonguiça encontra-se em Paris, para uma semana de estúdio no mais recente projecto com o conceituado músico camaronês Manu Dibango.
É a segunda vez, só neste ano, que Chonguiça escala Paris. Na sua primeira viagem àquela cidade, o músico priorizou a troca de experiências com outros artistas, como é o caso do escritor e realizador francês David Kadoche e a artista Valerie Honnarte, e aproveitou a oportunidade para visitar a sua exposição de pintura.

Só em um mês, o saxofonista esteve nos Estados Unidos de América, Paris, Brasil e Paris novamente.
O País

domingo, 29 de março de 2015

Gala internacional de dança em cadeira de rodas




A III Gala Internacional de dança em cadeira de rodas decorreu sábado, 28 no auditório do Assembleia Nacional, Parlamento caboverdeano, num espectáculo que envolveu dançarinos de várias partes do Mundo, nomeadamente da Bélgica, Brasil, México, Polónia e do pais anfitrião, Cabo Verde que animaram a noite.
3ª Gala Intern. de dança em cadeira de rodas

3ª Gala Intern. de dança em cadeira de rodas

3ª Gala Intern. de dança em cadeira de rodas

3ª Gala Intern. de dança em cadeira de rodas

3ª Gala Intern. de dança em cadeira de rodas

3ª Gala Intern. de dança em cadeira de rodas

3ª Gala Intern. de dança em cadeira de rodas

Livro sobre cultura organizacional da universidade pública em Angola

 

O livro intitulado "Cultura Organizacional da Universidade Pública em Angola - provimento da carreira docente”, da autoria do investigador Tuca Manuel, foi apresentado, sábado, 28, aos académicos da província do Huambo.

Com seis capítulos e 397 páginas, a obra, segundo o autor, é uma abordagem sociológica e organizacional da Universidade Pública de Angola comprometida com o duplo olhar científico e político.
Tuca Manuel disse tratar-se de um livro de estudo, por debruçar-se sobre algumas das dimensões que estão na raiz funcional das instituições de ensino superior, incluindo as simbólico-culturais, que estruturam as acções sociais e profissionais em contexto.
Referiu ainda que a Universidade Pública, enquanto organização herdada da administração colonial portuguesa e recriada no âmbito do regime do Estado constituído com proclamação da Independência, preserva a identidade tecno-burocrática derivada do seu carácter universal perante as três missões, designadamente o ensino, a  investigação e a extensão.
Para este autor angolano, a investigação tem a ver com a procura da verdade e do conhecimento científico, enquanto a extensão constitui o diálogo entre a academia e a comunidade.

Doutorado em organização e administração escolar pela Universidade do Minho, em Portugal, Tuca Manuel conta com diversos artigos e comunicações científicas, entre as quais se destacam “A influência do estatuto da carreira docente na recriação das múltiplas identidades na universidade pública de Angola”, “A Universidade como entidade polifacetada” e “A expressão de justiça no estatuto da carreira docente da Universidade Pública de Angola".
Angop

sábado, 28 de março de 2015

CHAMBRE NOIRE-[1] Um filme de Oumar Niguizié Sinenta




Por Luísa Fresta


Entre os dois[2] filmes malianos de ficção (na categoria de curtas e longas metragens) seleccionados para o FESPACO 2015, destaco a proposta de Oumar Niguizié Sinenta pela ousadia do tema, um intenso e brutal drama no feminino, em que a predadora é também uma vítima, sem margem mental nem espiritual para sublimar, ter asas e libertar-se da tragédia que a marcou e condicionou para sempre. Ela concebe e executa um plano diabólico, fruto da sua cega e insaciável sede de vingança, buscando respostas para questões que jamais verá respondidas.

Fatou é uma mulher que conheceu o drama da traição no casamento e se viu abandonada na sequência desse caso extraconjugal. No passado tentou forçar uma explicação e uma expiação dos culpados pela sua infelicidade e rejeição; foi assim que chegou a reunir o próprio marido infiel, a sua amante Mariam e o marido desta, 

Seydou, num mesmo local, para um interrogatório direcionado a cada um deles e também com a finalidade de lhes infligir as piores sevícias impregnadas de um simbolismo macabro. A sua busca de paz foi no entanto infrutífera, pois sobreveio um violento incêndio que vitimou os seus três interlocutores, pelo que Fatou, qual caçadora tresloucada e ferida de morte, continuou a sua perseguição implacável e obsessiva ao longo da vida, procurando casais que se assemelhassem fisicamente a Mariam e Seydou, buscando incessantemente respostas, em vão, através de uma espiral de ódio. Como explicar emoções primárias, como justificar o instinto pela razão?

Fatou tem uma cúmplice e assessora que esconde um importante segredo - relacionado com as suas próprias motivações -  e fará perigar o seu plano sanguinário de vingança sobre vítimas, aliás, completamente alheias ao drama.

Toda a trama gira em torno de desejos de vingança, de uma voracidade e intensidade incontroláveis. Para Fatou esta parece simbolizar uma redenção e tranquilidade que nunca chega a alcançar, pois se as suas primeiras vítimas pereceram num incêndio real, ela própria sobrevive dramaticamente em meio a um intenso fogo que a consome lentamente por dentro. Tal interpretação remete, aliás, para a crença da purificação pelo fogo. Fatou é uma mulher amarga e desvairada que percorre um caminho cujo único fim é o abismo.

O drama de Sinenta tem algo de tragédia grega, e consegue num curto espaço de tempo transportar o espectador para uma atmosfera lúgubre e aterradora em que as trevas se sobrepõem à luz, e a retaliação ao perdão e ao esquecimento. Vidas inocentes são ceifadas, somam-se raptos para redimir erros passados e saciar a insanidade da vingadora. Esta curta-metragem dá também lugar à narração directa que preenche os espaços que os diálogos deixam em aberto e apresenta-nos material suficiente para nos deixar curiosos, como espectadores, em relação às próximas realizações deste jovem cineasta, que, percebe-se claramente, tem um mar de histórias para contar através do cinema.

Para mais informações sobre o filme, por favor consultar também :








[1] Quarto Negro
[2] O outro filme é uma longa-metragem de ficção intitulada «Rapt à Bamako», da autoria de Cheick Oumar Sissoko 

sexta-feira, 27 de março de 2015

Dia da abolição do tráfico de escravos

 
O Mundo assinalou a 25 de Março o Dia Internacional da Abolição do Tráfico Transatlântico de Escravos que este ano foi comemorado pela nona vez.

A data, instituída em Novembro de 2006 pelas Nações Unidas serve para reconhecer toda a influência da escravatura no mundo moderno, com os Estados membros a reconhecer que a escravatura foi a causa de “uma profunda desigualdade social e económica em África e dos sentimentos de ódio, intolerância, racismo e preconceito que continuam a afectar os descendentes africanos”, segundo a historiadora angolana Soraia de Jesus Mateus.

Numa altura em que se assinala os 208 anos da Abolição do Tráfico Transatlântico de Escravos, Soraia Mateus defende a importância de se divulgar mais o processo e os efeitos do tráfico de escravos, que durante mais de 200 anos levou os “filhos de África” para as Américas.


Para a docente, a transmissão desses factos é condição essencial para uma paz duradoura baseada na compreensão mútua entre povos e a plena consciência dos perigos do racismo e do preconceito, assim como uma das melhores formas de homenagear os escravos e os seus descendentes.

Acrescentou que “a escravatura influenciou e proporcionou, de certo modo, as condições para que os angolanos, em particular, partissem definitivamente para a luta de Libertação Nacional, com acções de revolta contra a ocupação colonial portuguesa de 500 anos”.
Soraia Mateus realçou ainda que esta efeméride serve também para prestar homenagem à memória daqueles que morreram em consequência da escravatura, bem como reduzir o défice de conhecimentos em relação às consequências do tráfico de escravos e da escravatura.

Jornal de Angola

quinta-feira, 26 de março de 2015

Arte em homenagem a mulher angolana

 
As artistas plásticas e de moda, Daniela Ribeiro, Fisty e Nadir Tatia presentaram na ilha de Luanda obras exclusivas inspiradas na mulher angolana

A apresentação das obras decorreu durante um cocktail cujo objectivo foi homenagear as mulheres angolanas. Mais de 250 mulheres, entre gestoras de instituições públicas e privadas, desportistas, artistas plásticas, agentes culturais, cantores e jornalistas, estiveram presentes.

O evento contou com a apresentação aos convidados de três quadros exclusivos com temáticas sobre o feminino, seguido de uma passagem de modelos, da marca Nadir Tati.


Vencedora do prémio de “Melhor Designer” em 2010, 2011 e 2012 e do prémio Sirius 2013, Nadir apresentou a obra intitulada “Mãe África”, um quadro com o seu próprio rosto, revestido com panos  africanos, simbolizando a mulher africana cheia de emoções e lutadora.

A artista plástica Daniela Ribeiro, com a obra “Coração da Mulher Angolana” esboça num quadro o coração de uma mulher com a ajuda de circuitos internos e teclados de telemóveis desconstruídos, num contexto que eleva o pano africano a outras dimensões.

 Fisty, artista angolana que iniciou a carreira na África do Sul, inspirou-se na mulher Kuvale.

Jornal de Angola

Moda africana: traje de passeio primavera/verão 2015






Odeth Moniz

Arte no feminino em exposição

 

Um conjunto de 27 quadros de pintoras angolanas está patente até 10 de Abril, no Salão Internacional de Exposição da União Nacional dos Artistas Plásticos (UNAP), em Luanda.

Entre as autoras figuram Filomena Coquenão, Erika Jâmece, Leda Balzar, Patrícia Cardoso, Ondina, Maria do Espírito Santo Monteiro, Maria Tenazinha “Teta”, Garcia Ferreira e Vanda Eugénia Virgílio.

As obras espelham a natureza, a beleza feminina, o amor, a mata devastada pelo fogo e trajes tradicional dos ilhéus.   

A exposição, integrada no programa Março Mulher, em saudação ao 2 e 8 de Março, dias da mulher angolana e internacional, inclui três esculturas, uma das quais da artista Kiana, que venceu em 2009 o prémio ENSA-Arte Revelação, com “Angola em Movimento”.


Jornal de Angola

quarta-feira, 25 de março de 2015

Thuram fala de racismo em Luanda

Lilian Thuram, antigo jogador da selecção francesa e campeão mundial de futebol em 1998, apresentou ontem, terça-feira, em Luanda o seu livro “As Minhas Estrelas Negras”.

Presidente da Fundação Lilian Thuram – Educação contra o Racismo, a antiga estrela do futebol mundial, que conhece melhor que ninguém a prática do racismo em França,  orientou uma palestra, no Centro Cultural Camões em Luanda, sobre “A Banda Desenhada contra o Racismo”.

Thuram defende que “ninguém nasce racista. As pessoas tornam-se racistas. O racismo é uma construção intelectual e, sobretudo, politica. Esta verdade é a pedra angular da actividade da Fundação Educação contra o Racismo”.
O activista fez também o lançamento da sua obra de banda desenhada autobiográfica denominada “Notre histoire” (A nossa história), uma evocação das suas raízes e das figuras negras que o inspiraram.
O livro, publicado em 2014, retrata ainda o percurso do futebolista, sua infância, a experiência da migração, do Guadalupe a França, entre outros aspectos e acontecimentos.  
angop e jornal de angola
  


A mulher angolana e o teatro - debate


“O contributo da mulher  angolana no desenvolvimento do teatro” é o tema de uma mesa-redonda que se realiza amanhã, quinta-feira, em Luanda, no âmbito das comemorações do 27 de Março, Dia Mundial do Teatro.

De acordo com Solange Feijó, actriz e secretária para comunicação e imagem da Associação Angolana de Teatro (AAT), foram convidadas várias actrizes para darem os seus depoimentos e transmitirem as suas experiências  de carreira teatral ao longos dos anos.

Realçou que uma da prelectores é a responsável do grupo Oásis, Victória Soares “Totonha”, com mais de 20 anos de carreira, que vai falar dos principais obstáculos que  muitas actrizes tiveram de ultrapassar por causa da discriminação. 

A desistência de muitas mulheres do teatro, por questões familiares, financeiras e culturais é outra questão a ser debatida: “Muitas desistiram porque constituíram famílias e havia a necessidade de se dar mais atenção aos lares”.

jornal de angola

terça-feira, 24 de março de 2015

Prémio literário Man Booker: quatro africanos finalistas

Mia Couto

Quatro autores africanos figuram na lista dos dez finalistas do prestigioso prémio internacional de literatura anglófona "Man Booker", cujo vencedor será anunciado a 19 de Maio próximo, em Londres.
 Ibrahim Al-Koni

Entre os autores figuram o moçambicano Mia Couto, o líbio Ibrahim Al-Koni e ainda a sul-africana Marlene van Niekerk. O congolês, Alain Mabanckou, vencedor do prémio Renaudot”, em 2006, com o livro Mémoires de porc-épic (Seuil), e recentemente elogiado pela a crítica por  Lumières de Pointe-Noire, faz igualmente parte da selecção. 

Alain Mabanckou


O p
rémio consagra de dois em dois anos uma obra escrita ou traduzida em inglês, a impressão de 60 mil exemplares do livro e um valor de mais 81 000 euros para o autor

Marlene van Niekerk

Em 2007, o escritor Chinua Achebe, falecido em 2013, foi o vencedor do prestigiado prémio.

segunda-feira, 23 de março de 2015

Literatura angolana na Feira do Livro de Leipzig

A literatura angolana marcou presença na segunda maior feira do livro da Alemanha, que decorreu de 12 a 15 de Março e ofereceu um programa diversificado de produtos literários, com mais de 3 mil eventos e cerca de 2.260 expositores.

A Feira do Livro de Leipzig, que atraiu um total de 251.000 visitantes teve a particularidade de testemunhar a apresentação da edição bilingue da antologia de contos de autores angolanos, intitulada “Oxalá cresçam pitangas”, organizada pela professora alemã Ineke Phaf-Rheinberger, uma obra patrocinada conjuntamente pela União dos Escritores Angolanos e o Goethe-Institut Angola.
De acordo com a organizadora da colectânea de textos poéticos e ficção narrativa em língua portuguesa, e com tradução em alemão, a obra inclui poemas e contos de treze autores angolanos de diversos períodos e gerações literárias.
“A apresentação do livro decorreu num ambiente partilhado na feira, que serviu para se falar da literatura angolana. Organizamos um painel bastante bem recebido na Feiria do Livro em Leipzig, com a presença na mesa de tradutores e conhecedores da literatura angolana, nomeadamente Barbara Mesquita, Michael Kegler. além do director da editora, Andreas Heidtmann”, disse Ineke Phaf-heinberger.
Sobre a antologia, destacou que ao organizar a colectânea, tinha em mente incluir autores de várias gerações, como Agostinho Neto e Arnaldo Santos, Zetho Cunha Gonçalves, Tuzuary Nkeita, Carmo Neto, Roderick Nehone, Sónia Gomes, Amélia Dalomba e João Melo.
Devido ao êxito do painel sobre literatura angolana, Ineke Phaf-Rheinberger informou que ficou acordado com o director do Festival Internacional de Berlim, que Angola também marcará presença naquele evento.
“No dia 14 de Setembro, haverá uma discussão sobre a nova literatura Angolana, com José Luís Mendonça e Sónia Gomes, e no dia seguinte a noite, está já no programa a apresentação do tema Cidade Futura, com vários autores, entre eles José Luís Mendonça e Sónia Gomes.

 A próxima edição da Feira do Livro de Leipzig realiza-se de 17 a 20 de Março  de 2016.
Angop

domingo, 22 de março de 2015

Rei angolano no Brasil para contacto com cultura afro-bantu

O rei do Bailundo, Ekuikui V, vai visitar o Brasil no próximo mês de Abril, no quadro dos objectivos da Década Internacional dos Afrodescendentes, criada por resolução da Assembleia Geral da ONU, em 23 de Dezembro de 2014, com o tema “Afrodescendentes: reconhecimento, justiça e desenvolvimento”.

A deslocação, que se realiza a convite do Instituto Latino Americano de Tradições Afro Bantu, cujo responsável, Walmir Damasceno, esteve na corte do Reino em Fevereiro último, é a primeira visita oficial de um rei bantu, após a abolição da escravatura, em 1850.

Para o soberano, a sua ida ao Brasil representa a revitalização da herança cultural africana no Mundo.
No Brasil, Ekuikui V vai visitar diversos estados brasileiros, para manter contacto com a cultura afro-bantu brasileira.
O reino do Bailundo, fundado pelo rei Katiavala I, proveniente da vizinha província do Kwanza Sul, , é um dos mais respeitados do país, pela sua resistência na luta contra a ocupação colonial, no século XVI.
Localizado a 75 quilómetros a norte da cidade do Huambo, o Reino tem actualmente 35 sobas, oito dos quais em regime permanente, residindo na corte.

Ekuikui V, cujo nome verdadeiro é Armindo Francisco Kalupeteka, foi entronizado em 2012, sendo o 38º rei, sucedendo Ekuikui IV.

Angop

sábado, 21 de março de 2015

Roupa de cama com pano da África Central







Dya Kaíta

Festival da Baía das Gatas em Agosto


A 31ª edição do Festival Internacional de Música da Baía das Gatas vai acontecer nos dias 14, 15 e 16 de Agosto. Este ano os festivaleiros não vão desfrutar da lua cheia.

O vereador do Pelouro da Cultura da Câmara Municipal de São Vicente explica que o festival foi marcado para esses dias porque coincide com a altura em que São Vicente recebe o maior número de visitantes.
Humberto Lélis acredita que assim é possível satisfazer mais os emigrantes e os turistas, que procuram a ilha. Por outro lado, em termos logísticos, trata-se da opção mais viável uma vez que é nessa altura que os artistas se encontram mais disponíveis. De referir que a organização já iniciou os contactos com vista à elaboração do cartaz do festival.
"Já temos várias propostas de parceiros e iniciamos os contactos. A data de divulgação da programação está prevista para meados do mês de Maio", garante o autarca, que pretende a partir de agora manter o festival sempre em meados de Agosto.

asemana.sapo.cv

quarta-feira, 18 de março de 2015

Dia Mundial da Poesia em Cabo Verde

 

A poetisa santomense Olinda Beja é uma das participantes do grande sarau que assinala o Dia Mundial da Poesia na Cidade Velha, no qual estarão presentes Jorge Carlos Fonseca, Arménio Vieira, Abraão Vicente, Danny Spínola, Daniel Medina, Vera Duarte, Kaká Barbosa, Daniel Mendes Ramos, Tchalé Figueira, Vivianne Nascimento, José da Graça, António Monteiro, Mário Loff, João Furtado e o português Nuno Rebocho.

Espectáculos de dança - por um grupo da Praia -, de teatro - a cargo dos alunos de arte dramática na formação dada pela Direcção Nacional de Artes, actualmente em curso na Câmara Municipal de Ribeira Grande de Santiago -, exibições musicais - por Eliseu e Marcel e ainda o santomense Filipe Santo -, acompanharão o sarau poético com que se celebra o Dia Mundial da Poesia.

Alguns declamadores, entre os quais Dulce Sequeira e José Duarte Gonçalves, participam na que certamente será a maior tertúlia jamais realizada em Cabo Verde e na qual será conhecido um inédito de Filinto Elísio.

Olinda Beja, grande nome das letras santomense, estará em Cabo Verde a convite da Biblioteca Nacional para participar na Semana do Conto e, no dia 20, às 18h00, apresenta na Livraria Pedro Cardoso dois dos seus livros – “Um Grão de Café” (conto infanto-juvenil) e “Cruzeiro do Sul” (poemas) -, com Vera Duarte como apresentadora.
Nascida em Guadalupe (Lobata, comarca santomense geminada com Cidade Velha), Olinda Beja recebeu recentemente o Grande Prémio Literário Francisco José Tenreiro (o maior prémio literário de S. Tomé e Príncipe) pela sua obra “À Sombra do Oká” (a sair em breve), um dos numerosos prémios que lhe foram atribuídos, sendo de referir a Salva de Mérito em Prol da Literatura Port/Santomense, o Prémio Anim’arte (Mérito Literário) e a Medalha de Mérito pela expansão da literatura de STP.

Estudada em diversos livros didáticos e objeto de diferentes teses universitárias (quer em Portugal como no Brasil), Olinda Beja é autora de 14 obras, entre as quais “Bô Tendê? (poemas), “15 Dias de Regresso” (romance), “A Pedra de Villa Nova” (romance), “Água Crioula (poemas), “Pé-de-Perfume (contos) e “O Cruzeiro do Sul (poemas). Antiga professora, radicada ora em Portugal ora na Suíça, nunca renegou a sua origem santomense.
asemana

segunda-feira, 16 de março de 2015

Colóquio internacional sobre Mbanza Congo



Um colóquio internacional sobre o tema “Mbanza Congo, candidata a património cultural da humanidade, potência excepcional e universal” será realizado ainda este ano sob os auspícios do governo provincial do Zaire, em parceria com o Ministério angolano da Cultura

Segundo o governador da província, José Joanes André, o encontro servirá de espaço de debate sobre a cultura e a história do antigo Reino do Congo, no quadro da candidatura da cidade a património mundial da humanidade pela UNESCO.

Acrescentou que a actividade poderá ocorrer no âmbito das festividades da cidade de Mbanza Congo, que se assinalam a 25 de Julho.

ANGOP

domingo, 15 de março de 2015

Samakaka em cadeiras de cozinha

Duda Camenha

UNESCO recomenda alterações na cidade histórica de Mbanza Congo

 
O formato cartográfico do mapa da cidade histórica de Mbanza Congo deve sofrer alterações, por orientação da Organização das Nações Unidas para a Ciência e Cultura (UNESCO), anunciou em Luanda a directora-geral do Instituto Nacional do Património Cultural (INPC), Maria da Piedade.
Maria da Piedade explicou aos jornalistas que as etapas do processo formal de candidatura da cidade histórica do norte de Angola decorre com normalidade, desmentindo assim informações segundo as quias ao UNESCO teria rejeitado o processo.
“O processo está numa das fases de avaliação pelos técnicos da UNESCO. Foi-nos enviada uma carta para ser revista a parte cartográfica do dossier, que já está a ser trabalhada”, informou a directora-geral.
Maria da Piedade precisou que o formato cartográfico carece de alguns procedimentos exigidos pela Secretaria do Centro de Património Mundial da UNESCO. “São situações normais, de um processo complexo, como é o da cidade histórica de Mbanza Congo”, referiu.

Na próxima semana, informou, uma equipa técnica angolana desloca-se a Paris, para receber orientação sobre os procedimentos a seguir e concluir os pequenos pormenores do dossier, que deve ser entregue novamente a UNESCO a 30 de Setembro. Depois de cumpridas todas as etapas, explicou, a candidatura volta a ser examinada pelo Comité do Património Mundial da UNESCO, para o veredicto final. 
“Contamos com o assessoria técnica da UNESCO, que tem disponibilizado especialistas que nos têm vindo a apoiar, ao longo deste processo”, disse a directora-geral.
 
O projecto “Mbanza Congo Cidade a Desenterrar para Preservar” tem como principal propósito a inscrição desta capital do antigo Reino do Congo, fundado no século XIII, na lista do património mundial da UNESCO.
O centro histórico de Mbanza Congo está classificado como património cultural nacional desde 10 de Junho de 2013, que era um pressuposto indispensável à inscrição na lista de património mundial.