O Mundo assinalou a 25
de Março o Dia Internacional da Abolição do Tráfico Transatlântico de Escravos que este ano
foi comemorado pela nona vez.
A data, instituída em Novembro
de 2006 pelas Nações Unidas serve para reconhecer toda a influência da
escravatura no mundo moderno, com os Estados membros a reconhecer que a
escravatura foi a causa de “uma profunda desigualdade social e económica em
África e dos sentimentos de ódio, intolerância, racismo e preconceito que
continuam a afectar os descendentes africanos”, segundo a historiadora angolana
Soraia de Jesus Mateus.
Numa altura em que se
assinala os 208 anos da Abolição do Tráfico Transatlântico de Escravos, Soraia
Mateus defende a importância de se divulgar mais o processo e os efeitos do
tráfico de escravos, que durante mais de 200 anos levou os “filhos de África”
para as Américas.
Para a docente, a
transmissão desses factos é condição essencial para uma paz duradoura baseada
na compreensão mútua entre povos e a plena consciência dos perigos do racismo e
do preconceito, assim como uma das melhores formas de homenagear os escravos e
os seus descendentes.
Acrescentou que “a
escravatura influenciou e proporcionou, de certo modo, as condições para que os
angolanos, em particular, partissem definitivamente para a luta de Libertação
Nacional, com acções de revolta contra a ocupação colonial portuguesa de 500
anos”.
Soraia Mateus realçou ainda
que esta efeméride serve também para prestar homenagem à memória daqueles que
morreram em consequência da escravatura, bem como reduzir o défice de
conhecimentos em relação às consequências do tráfico de escravos e da
escravatura.
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