domingo, 31 de maio de 2015

Exposição fotográfica retrata Nambuangongo

 
Nambuangongo” é o título da primeira exposição individual do fotojornalista Paulino Damião, que é inaugurada na terça-feira em Luanda, no Salão Internacional de Exposição (Siexpo), da União Nacional dos Artistas Plásticos (UNAP.
Profissional da Edições Novembro (Angola), Paulino Damião, também conhecido por “Cinquenta”  apresenta 15 documentos  da sua  terra natal, Nambuangongo.

Edifícios velhos, as poucas infra-estruturas coloniais, a natureza e o sonho dos habitantes também fazem parte das obras fotográficas, nas quais estão patentes as saudades da infância que o levaram a revisitar aldeias para registar “momentos marcantes”.

“Cinquenta” enfrentou um exercício difícil, que foi a selecção das fotos, “todas um pedaço da vida de menino despreocupado, quando as brincadeiras eram feitas num ambiente de inocência e respeito da natureza”.  As fotografias, carregadas de nostalgia, mostram imagens dos longínquos anos, quando que acompanhava o pai nos campos de cultivo”.

“Tenho saudades das terras aráveis de Nambuangongo, do café que tomava de manhã com mandioca ou a batata-doce e dos momentos de tomar banho no rio”, confessou.

A construção de infra-estruturas também são visíveis nas fotografias que revelam vários aspectos de desenvolvimento da região.


A exposição faz parte do projecto Vidrul-Fotografia , edição 2015.
“Cinquenta”, com quase 40 anos de carreira, é dos mais brilhantes fotógrafos de Angola, distinguido com vários prémios nacionais, como o  Maboque. Foi homenageado pela Luanda Antena Comercial (LAC) e União dos Jornalistas de Angola (UJA).

jornal de angola

Selecta literária de autores cabo-verdianos

 

A Academia Cabo-verdiana de Letras e a Universidade de Cabo Verde lançam na próxima quarta-feira, 3, a primeira Selecta Literária de Autores Cabo-verdianos, no auditório da Reitoria da Uni-CV, na Praia .

A cerimónia de lançamento do livro “Literatura Cabo-verdiana – Selecta de poesia e prosa em língua portuguesa” será presidida pelo Presidente da República, que é também académico da ACL.

Esta seleta foi organizada pelas professoras Érica Antunes e Simone Caputo Gomes, investigadoras em literatura africana. O escrito reúne o trabalho de vinte e três escritores que mais marcaram a história da literatura nacional- treze de poesia e dez de prosa.

A apresentação de “Literatura Cabo-verdiana – Selecta de poesia e prosa em língua portuguesa” vai dar lugar ainda a imposição de faixas de académicos. A ocasião servirá também para revelar o nome do vencedor do prémio literário do 40º Aniversário de Independência de Cabo Verde, que receberá 500 mil escudos. A obra é editada pela Nandyala com a chancela da Academia Cabo-verdiana de Letras.

Especialista americano investiga escravatura na Ilha de Moçambique


O director do Museu Nacional Smithsonian da História e Cultura Afro-americana, Lonnie Bunch, está na Ilha de Moçambique desde quinta-feira última.
Bunch pretende escalar o ponto de origem do navio de escravos São José, que viajava da Ilha de Moçambique para o Brasil, quando naufragou ao largo da costa da cidade do Cabo em 1794.
Esta histórica viagem trará à luz do dia importantes actividades de desenvolvimento da pesquisa arqueológica subaquática, preservação e gestão do património cultural directamente relacionada com a mais ampla história do comércio de escravos, seu papel e impacto em Moçambique, sendo a Ilha de Moçambique um dos principais pontos de referência.

Smithsonian pretende também trazer uma equipa americana de até nove pessoas da televisão CBS, a fim de captarem o evento para o popular programa noticioso americano “60 Minutes”, a ser feito em conjunto com dirigentes, pesquisadores e líderes comunitários moçambicanos sobre a importância da preservação do património cultural.
opais

terça-feira, 26 de maio de 2015

Homenagem ao primeiro locutor negro moçambicano


Samuel Dabula, o primeiro locutor negro na história da Rádio Moçambique foi homenageado hoje no estúdio auditório daquela estação emissora, por sinal a mais antiga e que este ano celebra 40 anos da sua criação.
A homenagem é pelo reconhecimento aos feitos de Samuel Dabula, o único moçambicano a fazer locução na era colonial, quando na Rádio Moçambique (RM) vigorava questões rácicas para admissão a alguns postos de trabalho.
A cerimónia de homenagem a este grande locutor, que perdeu a vida em 1978, foi testemunhada por algumas individualidades como os antigos Chefes de Estado, Joaquim Chissano e Armando Guebuza.
Nascido a 23 de Maio de 1915, Samuel Dabula apresentou o programa “hora nativa”, foi professor e um dos fundadores do Centro Associativo dos Negros, antes designado por Instituto Negrófilo, foi também animador cultural e fundador do conjunto Djambo.
Depois de se formar na Escola de Habilitação de Professores Indígenas, em Alvor, na Manhiça, Samuel Dabula trabalhou, no ano de 1943, no Centro Associativo dos Negros da Colónia de Moçambique, como professor ministrando aulas do ensino primário.
Na arena musical, Samuel Dabula foi um dos fundadores da orquestra denominada “Djambo” que fez furor desde os anos 50. Esse grupo abrilhantava bailes, tardes dançantes e casamentos. Samuel Dabula actuava no programa radiofónico da então Rádio Clube de Moçambique, denominado “África à Noite” que era apresentado pelo locutor José Mendonça.
Na qualidade de locutor da RM, produziu e apresentou vários programas radiofónicos de âmbito educativo e recreativo, sendo de destacar o programa “Keti Keti”, pelo impacto e grande popularidade que ganhou.
O programa realizava-se nos salões do Centro Associativo dos Negros de Moçambique e era abrilhantado musicalmente pela Orquestra Djambo. Era um programa de entretenimento que buscava e divulgava os novos talentos no canto, dança e música.

Samuel Dabula faleceu no dia 17 de Junho de 1978 e deixou a sua marca em diferentes áreas, desde o ensino, passando pelo nacionalismo, arte e cultura, e deixou de forma indelével a sua marca na comunicação social. Em reconhecimento dos seus feitos, o Município de Maputo também, atribuiu o seu nome a uma rua da capital moçambicana.
notícias de maputo

Disney acusada de glorificar colonização com "A Princesa do Sudão do Norte"


Jermiah Heaton pose son drapeau à Bir Tawil en juillet 2014.
Jeremiah Heaton 

O próximo filme da Disney intitulado “A Princesa do Sudão do Norte”, cuja gravação foi anunciada na semana passada, está a causar muita polémica, sobretudo nas redes sociais, onde a Disney é acusada de pretender glorificar a colonização.

No filme, a primeira princesa africana da Disney é uma americana branca. Baseado num facto verídico, o filme narra a história da pequena Emily Heaton que um dia disse ao seu pai que gostaria de ser princesa.

Jeremiah Heaton, o pai, prometeu à filha que faria dela uma princesa. Atravessou o Atlântico e instalou-se em Bir Tawil, um território entre o Egipto e o Sudão e supostamente abandonado pelos dois países, onde colocou a sua bandeira em Julho de 2014 e auto proclamou-se rei. Com isso, Jeremiah e sua esposa seriam rei e rainha do tal Sudão do Norte, que oficialmente ainda não existe, fazendo de Emily uma princesa de verdade.
A polémica surge devido a questão da invasão e ocupação de território africano da mesma forma que os colonizadores fizeram no passado. No Twitter, pode-se ler coisas como  “Isso é a história de um homem que está  a romancear o colonialismo”.

A Disney é também acusada de a “sua” primeira princesa africana ser uma não africana, já que a família da história é toda americana de Virginia.

Jeune Afrique

Moçambique celebra África com dança moderna


Pelo segundo ano consecutivo, o colectivo moçambicano Marcelle’s Modern Jazz Experience irá celebrar a herança africana através de um espectáculo de dança moderna, esta sexta-feira, no Centro Cultural Franco-Moçambicano, em Maputo.
A acontecer numa semana em que se celebra o Dia de África, este evento - que tem em vista a promoção dos valores culturais africanos - é a continuidade do evento do ano passado, que não esgotou o número de artistas negros a serem distinguidos naquela que foi a primeira edição.
Diferentemente do anterior espectáculo, que tinha na primeira parte do evento um teor mais melancólico, este espectáculo terá mais alegria e mais animação, onde serão interpretadas músicas de artistas como Michael Jackson, Chris Brown, Whitney Houston, entre outros.
opaís





segunda-feira, 25 de maio de 2015

Ministro cabo-verdiano ganha prémio com romance sobre escravo

 

Escritor e ministro da Cultura de Cabo Verde, Mário Lúcio Sousa dedicou este domingo, 24, o Prémio Literário Miguel Torga - Cidade de Coimbra (Portugal), que pela primeira vez não foi atribuído a um português, aos escritores cabo-verdianos.

"O povo cabo-verdiano é que ganhou este prémio através de mim", disse neste domingo à agência Lusa Mário Lúcio Sousa, ministro da Cultura, após ter sido informado da decisão do júri do Prémio Literário Miguel Torga - Cidade de Coimbra.
O prémio distinguiu a obra inédita "Biografia do Língua", um romance em que o autor conta a história, parcialmente baseada em factos reais, de "um escravo que sabia línguas" e que, a partir de Cabo Verde, após os Descobrimentos, no século XV, seguia a bordo das naus portuguesas para "ajudar a vender outros irmãos", no Brasil e noutros territórios da América do Sul, explicou.
"Em 2010, estando eu em Serpa, Alentejo de Portugal, ocorreu-me escrever sobre a vida de uma das profissões mais ingratas que homem algum pôde exercer, o de ’língua’. Este era um negro que ia como intérprete nos navios de brancos para a compra dos negros", afirma Mário Lúcio Sousa, numa introdução à obra.
O laureado declarou que o prémio que vai receber, provavelmente na primeira quinzena de Julho, em Coimbra, "é uma distinção para os escritores e a população" de Cabo Verde.

Habitualmente, o Prémio Literário Miguel Torga é entregue ao vencedor no Dia da Cidade de Coimbra, 04 de Julho, numa cerimónia pública no salão nobre da Câmara Municipal, que deverá ser desta vez adiada alguns dias, já que o escritor cabo-verdiano está envolvido nas comemorações dos 40 anos da independência de Cabo Verde, proclamada a 05 de Julho de 1975.
asemana

Governo angolano quer recuperar peças de artes nacionais

Cadeira do trono chokwe, no Museu de Etnologia de Lisboa

O Governo angolano está a encetar mecanismos para a recuperação das peças museológicas retiradas ilicitamente dos acervos dos museus angolanos e que estão localizadas em diversos países.

Segundo a titular angolana, o seu Ministério tem localizadas peças em países como Portugal, França, Bélgica, Brasil, entre outros.
“É um trabalho que está em curso e com a ajuda do ICOM, o Executivo angolano tudo fará para o retorno dos bens museológicos retirados do país de forma ilícita”, asseverou.
Rosa Cruz e Silva assegurou ser um trabalho que requer paciência, porque obriga a intervenção de várias partes.

“Temos algumas peças localizadas em mãos particulares que as retiraram de forma ilegal dos acervos dos museus”, adiantou.

sábado, 23 de maio de 2015

Artes moçambicanas na Bienal de Veneza



Diversas manifestações artístico-culturais moçambicanas estão patentes desde a primeira semana de Maio na 56.ª Exposição Internacional de Arte da Bienal de Veneza 2015, mais conhecida como Bienal de Veneza, na Itália.
Trata-se de um evento que terá a duração de seis meses e decorre naquela cidade italiana envolvendo diversos países do mundo sob o lema “Todos no Futuro do Mundo”, em Inglês “All The World’s Future”.
Moçambique participa nesta mostra com o tema “Coexistência da Tradição e Modernidade no Moçambique de Hoje” nos domínios de arte, literatura, música, dança, artesanato, fotografia, cinema, indumentária, entre outras expressões artísticas.
A exposição incorpora igualmente elementos de produção cultural, tais como pinturas, esculturas, desenhos, gravuras, cerâmica, máscaras e estatuetas usados para expressar a identidade cultural, a beleza e o nível social de vida das comunidades.
Na literatura, por exemplo, estão patentes obras de escritores nacionais como José Craveirinha, Luís Bernardo Honwana, Mia Couto, Paulina Chiziane, Calane da Silva, Ungulani Ba Khosa, Hélder Muteia, Pedro Chissano, Aldino Muianga, Eduardo White, Armando Artur, Marcelo Panguana, Juvenal Bucuane, Sangare Okapi, Aurélio Furdela e Rogério Manjate.
A exposição faz alusão a um dos estilos musicais conhecidos no país, a marrabenta criado, segundo reza a história, na década de 1940, influenciada pela execução da guitarra convencional em ritmos tradicionais, tendo encontrado a sua popularização nas vozes mais conhecidas de Fanny Mpfumo, Dilon Djindji, Alexandre Langa, Jaimito Mahlathini, Wazimbo, cujos trabalhos podem ser encontrados no pavilhão nacional.
Para além destes músicos, estão igualmente expostas músicas de artistas como Hortêncio Langa, o grupo Ghorwane, as cantoras Elsa Mangue, Gueguê, Stewart Sukuma, Neyma, Anita Macuácua, entre outros.
Em relação às artes plásticas foram expostas obras de artistas como Bertina Lopes, Celestino Tomás, Alberto Chissano, Constantino Mpakule, Estêvão Mucavele, Estêvão Nhacumbine, Fermando Machiana, Gonçalo Mabunda, Ídasse, Jorge Nhaca, Langa, Malangatana, Mankew, Miguel Valingue, Mudaulane, Naftal Langa, Naguib, Paulo Comé, Rafael Katunga, Samate Mulungo, Sansão Cossa, Shikhani, Udondo Ausiwakii, Venâncio Mbhande e Zé Júlio.
Quanto à dança moçambicana, a exposição destaca o Nyau, uma expressão cultural mágico-religiosa da província de Tete, o mapiko, dança mágico-religiosa originária de Cabo Delgado, o tufu, de Nampula e Cabo Delgado, o masseve do Niassa, xigubo originária da região sul do país, entre outras.
Nas artes cénicas a mostra carrega consigo elementos de referência que conduziram o país à independência nacional celebrada em 1975, com uma linguagem teatral desenvolvida que culminou com a criação de grupos profissionais como o Mutumbela Gogo, Gungu, Teatro do Oprimido e Lareira Artes.
Com os trabalhos de cineastas como Licínio de Azevedo, Sol de Carvalho, Camilo de Sousa, Isabel Noronha, Gabriel Mondlane, João Ribeiro, a exposição testemunha que a cinematografia moçambicana continua a ser influenciada por factores de dimensão estética, cultural, histórica, política e ideológica, criando espaços para acomodar os valores de uma nação onde prevalece a solidariedade e a unidade nacional.
Dois jovens artistas moçambicanos estão a representar o país com as obras patentes no Pavilhão Central da Bienal, onde participa um total de 136 artistas de vários cantos do mundo. Trata-se do fotógrafo Mário com a colecção de fotografias a preto e branco, expressiva na óptica fotógrafo a forma como Deus se comunica à humanidade e a obra do escultor Gonçalo Mabunda, resultantes da transformação das armas usadas para ostentarem um valor estético.
notícias de maputo

sexta-feira, 22 de maio de 2015

Moçambique, Quénia e Senegal na decoração de uma mesa


A decoração desta mesa utiliza materiais e objectos de três países da África Sub-sahariana em que o artesanato, para além de ser bibelô, tem uma função prática. São os casos de Moçambique, Quénia e Senegal.
A capulana (tecido de algodão) castanha, amarela e vermelha dos Runners e individuais de mesa bem como os dois castiçais de pau-preto são de Moçambique, enquanto que do Quénia são os talheres de servir em madeira rematas nas pontas com esculturas de girafa.
Do Senegal é o pilão transformado em frappé e o centro de mesa em madeira com elefantes esculpidos no topo, aqui com função de jarro de flores.
As argolas dos guardanapos em trança de corda de sisal e a serapilheira dos runners e individuais dão o efeito africano-rústico-elegante.
E o resultado é uma mesa africanamente decorada!













quinta-feira, 21 de maio de 2015

Camponeses moçambicanos aprendem teatro

Camponeses de Chigubo sede, Dindiza, Nhanale e Machaila num total de 25 participantes estão a aprender fazer teatro, no âmbito de um projecto do O GTO-Maputo - Grupo de Teatro do Oprimido.
A iniciativa que decorre até amanhã, 22 de Maio, no  posto administrativo de Machaila, distrito de Chigubo, enquadra-se no âmbito do projecto Contribuir al Logro de la Soberania Alimentaria en las Províncias de Maputo y Gaza já implementado nos distritos de Namaacha, Manhiça, Marracuene, Chibuto, Manjacaze e Chigubo.
Os camponeses integrantes das associações que fazem parte do projecto, serão habilitados a criar, montar e produzir espectáculos teatrais interactivos que estimulam o diálogo inter-comunitário favorecendo momentos de reflexão e contribuindo para o engajamento das comunidades na busca de alternativas aos diversos constrangimentos vividos naquele Distrito.
Em Chigubo há falta de quase tudo, desde água potável, sementes, energia eléctrica, medicamentos de entre outras necessidades básicas. Com as linguagens introspectivas do teatro serão trazidas a superfície questões prementes para debate e análise com a participação activa da comunidade podendo esta contribuir com suas ideias, pontos de vista e estratégias.
O projecto é implementado pelo GTO-Maputo em parceria com a UNAC – União Nacional de Camponeses, ADCR – Agência para o desenvolvimento das Comunidades Rurais com apoio do CIC-Batã e Agência Andaluza de Cooperação Internacional e Desenvolvimento.

jornal domingo de maputo



Filme angolano no Canadá




Angola participa no 4º Festival de Cinema da Língua Portuguesa, promovido na cidade canadiana de Ottawa pelas embaixadas de Angola, Brasil e Portugal, em parceria com o Instituto Canadiano do Cinema.
No certame, a decorrer no auditório da Universidade de Ottawa, sob o lema “Cor e Acção”, Angola exibe o filme “O Grande Kilapy”, uma longa-metragem do realizador angolano Zezé Gamboa, com duração de uma hora e 45 minutos.
O evento, iniciado a 21 de Maio e que termina no próximo dia 23, é promovido em alusão ao dia da Língua Portuguesa e das culturas dos estados membros da Comunidade dos Países da Língua Portuguesa (CPLP), comemorado a 5 de Maio.
Além do filme de Angola, legendado em inglês e que será exibido amanhã, sexta-feira, o público canadiano vai apreciar igualmente o filme brasileiro, “Gonzaga - de Pai para Filho”, do realizador Breno Silveira. Portugal participará com "Florbela", de Vicente Alvez, e Timor Leste com a película ”A Guerra da Beatriz", de Bety Reis e Luigi Acquisto.

quarta-feira, 20 de maio de 2015

Casa dos Estudantes do Império - colóquio em Lisboa


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A Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa, será palco de um Colóquio Internacional sobre a Casa dos Estudantes do Império “Casa dos Estudantes do Império: histórias, memórias, legados” , nos dias 22, 23 e 25 de Maio.
O evento é organizado pela UCCLA (União das Cidades Capitais de Língua Portuguesa), CES (Centro de Estudos Sociais Laboratório Associado da Universidade de Coimbra), Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa (ICSULisboa) e apoiado pela Fundação Calouste Gulbenkian, FCT (Fundação para a Ciência e Tecnologia), Camões  Instituto da Cooperação e da Língua Portuguesa e CML (Câmara Municipal de Lisboa).
Por outro lado está marcado para 21 de Maio em Lisboa, mais concretamente na Galeria Paços do Concelho, na praça do Município uma exposição sob o tema «Casa dos Estudantes do Império – Farol de Liberdade».

Colecção de estilista moçambicano na loja das meias

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Reconhecimento do excelente trabalho que tem vindo a desenvolver nos últimos anos no mundo da moda, Taibo Bacar, um dos mais conceituados estilistas moçambicanos, estabeleceu uma parceria com a secular Loja das Meias para vender as suas colecções neste estabelecimento comercial, instalado em Maputo e em Lisboa, Portugal.
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A formalização da parceria teve lugar com a assinatura do livro de honra por parte do estilista e representantes da loja portuguesa de vestuário.


Bacar, que nasceu em Moçambique em 1985, tem outro acordo com uma firma portuguesa, rubricado há dois anos  com a Emol que permitiu o lançamento de uma marca de mobiliário e artigos de decoração assinada pelo estilista moçambicano. As peças, produzidas em Portugal, são comercializadas em África e na Europa.
o país 

Museu angolano realiza feira itinerante


O Museu Regional da província angolana da Huíla realiza, em Junho, uma feira itinerante nos 14 municípios, para divulgar peças de artesanato junto das comunidades e  recolher artefactos para ampliar o seu acervo.

A feira  contempla exposições de artes plásticas e visita às zonas históricas do Município da Humpata e está inserida nas celebrações do 18 de Maio, Dia Internacional dos Museus.  

A directora do museu, Soraia Ferreira, anunciou  a execução, nos próximos tempos, do projecto  “Contador de histórias”, para divulgar a literatura infantil nacional, através de histórias, lendas e provérbios.

Mais de cem pessoas visitam diariamente o Museu Regional da Huíla, localizado na cidade do Lubango. Os estudantes universitários, funcionários públicos, turistas nacionais e estrangeiros são os grupos que mais frequentam o museu.

Fundado em 1957, o Museu Regional da Huíla possui 1.300 peças etnográficas. 

jornaql de angola

segunda-feira, 18 de maio de 2015

Filme recorda lutas de libertação em África


O realizador português José Miguel Ribeiro está a finalizar uma curta-metragem de animação, intitulada “Estilhaços”, que aborda as lutas de libertação em África e os efeitos do stress pós-traumático no seio familiar.
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Produzido pela Praça Filmes, em Montemor-o-Novo, o filme combina imagem real, desenho animado e “stop motion”, uma mistura justificada pela narrativa do filme, centrada na relação entre um pai e um filho, como explicou o realizador à agência Lusa.
“Falar de memórias de guerra é ainda um incómodo. Dá ideia de que se quer que a guerra fique lá atrás e, na verdade, ainda está muito presente, sobretudo nos casos de stress pós-traumático. E era sobre isso que queria falar, sobre a contaminação desse stress numa família”, disse José Miguel Ribeiro.
Entre ficção e documentário, "Estilhaços" cruza duas perspetivas sobre a guerra. A do pai, que a viveu, e a do filho, que cresceu a construir uma memória da guerra a partir dos relatos do progenitor.
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Essas duas visões de guerra são alimentadas por técnicas diferentes de animação e pelo recurso à imagem real, ajudando a situar as conversas entre pai e filho numa sala de estar, nos momentos em que narra a experiência de guerra e noutros em que a acção recua ao próprio cenário de conflito.
O título "Estilhaços" remete não só para os fragmentos de um qualquer engenho de guerra, mas também tem a ver com a ideia de contaminação, de uma doença contagiante dentro de uma família, referiu o realizador.
José Miguel Ribeiro, 49 anos, tem a sua própria história familiar relacionada com a luta de libertação, mas esta serviu apenas de ponto de partida para a pesquisa sobre o tema, sobre o stress de guerra e sobre os efeitos no relacionamento entre ex-militares e a família.
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“Fiz cerca de três meses de pesquisa, com leituras, falando com várias pessoas, entre as quais uma psicóloga e a Associação de ex-combatentes para saber mais sobre estas histórias de stress, ansiedade, depressão, agressividade”, disse o realizador.
“Estamos a falar de homens, alguns muito jovens, que foram chamados para uma guerra que não queriam, não tinham opção de dizer não, e essa guerra entrou na vida deles”, lamentou José Miguel Ribeiro.
"Estilhaços", que está em fase de finalização, terá 15 minutos de duração, conta com apoio do Instituto português do Cinema e Audiovisual e da autarquia de Montemor-o-Novo.
José Miguel Ribeiro está ligado ao cinema de animação há cerca de 20 anos, sendo realizador de filmes como "A suspeita" - que soma mais de vinte prémios, "Passeio de domingo", "Dodu, o rapaz de cartão", "Papel de Natal" e a série "As coisas lá de casa". A estes junta-se ainda o registo mais documental e biográfico "Viagem a Cabo Verde".
Foi um dos fundadores da produtora Sardinha em Lata, da qual se desvinculou para fundar, em 2012, a produtora Praça Filmes, em Montemor-o-Novo.

sábado, 16 de maio de 2015

Escravatura abolida há 127 anos


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A escravatura no Brasil foi abolida há 127 anos, em 13 de Maio de 1888, depois de 5,5 milhões de africanos terem sido forçados a embarcar para o país, principalmente das regiões onde hoje se situam Angola e Gana.
Estima-se que, entre 1501 e 1866, tenham sido transportados mais de 12 milhões de escravos no mundo, sendo 5,8 milhões em navios portugueses ou brasileiros, segundo o Voyages, banco de dados desse tipo de tráfico, feito por professores de universidades de diferentes países, incluindo Portugal, Brasil, Estados Unidos, Reino Unido, Nova Zelândia e Canadá.
Dos 5,5 milhões de escravos que embarcaram para o Brasil, 3,86 milhões eram provenientes do centro-oeste africano, que inclui a região onde hoje é Angola, Zaire e Congo, e 877 mil da chamada Costa da Mina, ou golfo do Benim, que inclui parte dos actuais Gana, Togo, Benim e Nigéria, segundo o banco de dados, citado pela LUSA.
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Mariza Soares, professora de História de África da Universidade Federal Fluminense, no Rio de Janeiro, afirmou que o tráfico de escravos africanos para o Brasil começou com trabalhadores forçados da costa da Senegâmbia, no século XV. No século seguinte, a região do centro-oeste africano, onde já havia portugueses estabelecidos e cuja viagem para o Rio de Janeiro era mais próxima, passaria a ser a maior fornecedora de escravos para o país.
A partir do século XVII cresceu o tráfico para o Brasil da Costa do Mina, cuja viagem mais próxima era em direcção à Baía, ainda segundo Mariza Soares, que também é curadora da exposição sobre África no Museu Nacional do Rio de Janeiro.
“O boom do tráfico de escravos é o final do século XVII e início do XVIII. No Brasil coincide com a descoberta do ouro. Há uma combinação de oferta e procura, e África passa a produzir mais escravos, com guerras e invasões de pequenos vilarejos”, disse.
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Com o aumento da procura por escravos, outras regiões passam também a participar no tráfico de escravos. No século XIX, quando ocorreria a abolição, há a entrada de Moçambique de forma regular no mapa desse comércio para o Brasil, mas, por ser mais longe, era uma viagem mais arriscada para a sobrevivência dos transportados.

A historiadora também afirmou que os escravos levados ao Brasil de locais diferentes tinham perfis culturais distintos, o que ocorria também com os embarcados no mesmo porto que eram frutos de aprisionamentos em diversos pequenos reinos.
“A forma de aprisionamento também captava escravos de perfis diferentes. Em guerras, aprisiona-se muitos homens e poucas mulheres. Já nas cidades e no campo, mais mulheres e crianças”, disse.
Mariza Soares realçou que os escravos que chegavam ao Brasil muitas vezes criaram relações de proximidade cultural como forma de organização.

Em alguns casos essa união teve efeitos práticos, como na revolta dos malês, organizada por escravos de origem islâmica em 1835, em Salvador da Baía.

sexta-feira, 15 de maio de 2015

Tradição e modernidade na pintura do angolano Kabú

 

A fusão entre a tradição e a arte contemporânea é o tema da nova proposta artística de Kabú, “Cultura Vista por Dentro”,  até ao dia 29, na Fundação Arte e Cultura, em Luanda, numa mostra composta por 15 quadros.

O artista disse que procurou inspiração nas várias tendências e contradições existentes entre a tradição e o moderno, através da exploração de novas formas e expressões artísticas. Para tal, contou com a sensibilidade e os símbolos tradicionais, como estatuetas e máscaras.

O contraste e as cores vivas dos quadros, criam, para Kabú, uma justaposição que invoca a divisão entre tons quentes e frios. O objectivo, explicou, não se limita a mostrar as diferenças entre o tradicional e o moderno, mas também a procurar formas de conciliar os dois.


Kabú procurou, através das técnicas óleo sobre tela e acrílico, mostrar os factores da harmonia existente na tradição e no modernismo. “Utilizei o abstracionismo figurativo, assim como um realismo estilizado, no qual o homem surge como o centro dos quadros”, explicou.


O artista deu os primeiros passos no mundo das artes como autodidacta, participando em várias exposições colectivas e algumas individuais, em 2005.

 jornal de angola