terça-feira, 26 de maio de 2015

Disney acusada de glorificar colonização com "A Princesa do Sudão do Norte"


Jermiah Heaton pose son drapeau à Bir Tawil en juillet 2014.
Jeremiah Heaton 

O próximo filme da Disney intitulado “A Princesa do Sudão do Norte”, cuja gravação foi anunciada na semana passada, está a causar muita polémica, sobretudo nas redes sociais, onde a Disney é acusada de pretender glorificar a colonização.

No filme, a primeira princesa africana da Disney é uma americana branca. Baseado num facto verídico, o filme narra a história da pequena Emily Heaton que um dia disse ao seu pai que gostaria de ser princesa.

Jeremiah Heaton, o pai, prometeu à filha que faria dela uma princesa. Atravessou o Atlântico e instalou-se em Bir Tawil, um território entre o Egipto e o Sudão e supostamente abandonado pelos dois países, onde colocou a sua bandeira em Julho de 2014 e auto proclamou-se rei. Com isso, Jeremiah e sua esposa seriam rei e rainha do tal Sudão do Norte, que oficialmente ainda não existe, fazendo de Emily uma princesa de verdade.
A polémica surge devido a questão da invasão e ocupação de território africano da mesma forma que os colonizadores fizeram no passado. No Twitter, pode-se ler coisas como  “Isso é a história de um homem que está  a romancear o colonialismo”.

A Disney é também acusada de a “sua” primeira princesa africana ser uma não africana, já que a família da história é toda americana de Virginia.

Jeune Afrique

Sem comentários:

Enviar um comentário