Jeremiah Heaton
O
próximo filme da Disney intitulado “A Princesa do Sudão do Norte”, cuja gravação
foi anunciada na semana passada, está a causar muita polémica, sobretudo nas
redes sociais, onde a Disney é acusada de pretender glorificar a colonização.
No filme, a primeira princesa africana da Disney é uma americana
branca. Baseado num facto verídico, o filme narra a história da pequena Emily
Heaton que um dia disse ao seu pai que gostaria de ser princesa.
Jeremiah
Heaton, o pai, prometeu à filha que faria dela uma princesa. Atravessou o
Atlântico e instalou-se em Bir Tawil, um território entre o Egipto e o Sudão e supostamente
abandonado pelos dois países, onde colocou a sua bandeira em Julho de 2014 e auto
proclamou-se rei. Com isso, Jeremiah e sua esposa
seriam rei e rainha do tal Sudão do Norte, que oficialmente ainda não existe,
fazendo de Emily uma princesa de verdade.
A
polémica surge devido a questão da invasão e ocupação de território africano da
mesma forma que os colonizadores fizeram no passado. No Twitter, pode-se
ler coisas como “Isso é a história de um
homem que está a romancear o colonialismo”.
A
Disney é também acusada de a “sua” primeira princesa africana ser uma não africana,
já que a família da história é toda americana de Virginia.
Jeune Afrique
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