sexta-feira, 31 de julho de 2015
quarta-feira, 29 de julho de 2015
Exposição "Lhavutelo" contra a indiferença
“Lhavutelo” é o titulo de uma exposição de artes plásticas do moçambicano Muzilene, patente desde a semana passada em Maputo.
Composta por 32 obras, predominando a técnica mista, técnica de capulana e batique sobre tela, a exposição retrata a essência da vivência rural e urbana.
“É a revelação do desespero de homens e mulheres que lutam pela sobrevivência, num mundo em que reina a indiferença e o egoísmo”, afirmou o artista. e acrescentou: “as minhas telas procuram transportar isso, ilustrando o meio rural e urbano, sobretudo mostrando gente deambulando em busca de melhores condições de vida”.
Após ter participado, em 2013, na exposição colectiva “Despertando olhares”, com o artista João Timane, Muzilene expõe, agora, pela segunda vez.
o país
terça-feira, 28 de julho de 2015
"Mandela, filósofo africano" lançada em Maputo
“Mandela, filósofo africano” é o
título da obra da autoria do académico moçambicano Silvério Ronguane lançada segunda-feira,
na Sala dos Grandes Actos da Assembleia da República, na cidade de Maputo.
Trata-se de um livro que surgiu da
necessidade de saber um pouco mais sobre a filosofia africana e da vida e obra
do icónico líder sul-africano, Nelson Mandela, falecido em Dezembro de 2013.
A obra problematiza também a
existência ou não de uma filosofia africana, visto que esta é geralmente
negligenciada dado o facto de ela estar estreitamente vinculada às suas
tradições orais.
Falando na apresentação do livro, o
jornalista Jeremias Langa afirmou que a obra enriquece a historiografia
africana, no geral, e moçambicana, em particular, ao trazer a dimensão
filosófica do pensamento de Nelson Mandela, enaltecendo ao mesmo tempo os seus
feitos.
Ainda, segundo Jeremias Langa, o
livro coloca em constante diálogo Nelson Mandela e um dos mais importantes
filósofos da história, Sócrates, assumindo deste modo um papel importante para
que se possa entender o pensamento destas duas figuras.
Por sua vez o autor do livro disse
que “Mandela, filósofo africano” é dedicado aos estudantes e surge como
resultado da leitura de vários manuais que versam sobre a vida e obra do
primeiro Presidente negro da história da África do Sul.
Para o primeiro vice-presidente da
Assembleia da República de Moçambique, António Amélia, que dirigiu a cerimónia,
o livro apresenta o saber filosófico do seu autor inspirado por Nelson Mandela,
precursor dos ideais de paz, harmonia e concórdia social.
O líder histórico do Congresso
Nacional Africano (ANC) foi a figura mais emblemática à resistência contra o
“apartheid”, o regime de segregação racial imposto na África do Sul até 1994.
Símbolo da reconciliação e do
perdão, Mandela foi eleito como primeiro Presidente negro daquele país, após 27
anos de prisão. Recebeu em 1993 o Prémio Nobel da Paz juntamente com outro
líder político sul-africano, Frederik de Klerk, e governou a África do Sul de
1994 até 1999 e tornou-se num dos principais estadistas do século, visto pelos
seus compatriotas como o patriarca da “nação do arco-íris”. Nelson Mandela
morreu aos 95 anos em Dezembro de 2013.
notícias de maputo
segunda-feira, 27 de julho de 2015
Mwene Vuongue: monumento histórico
“Mwene Vuongue”, que simboliza a luta travada pelos povos Nganguelas contra
a colonização portuguesa, é o novo monumento histórico da cidade de Menongue,
capital da província angolana do Kuando Kubango.
Maria Manuela Ferraz, da administração municipal de
Menongue, disse à agência Angop que o monumento dignifica a figura histórica de
Angola, em geral, e do Kuando Kubango, em particular.
A representante da administração municipal considerou a iniciativa positiva,
por dignificar um herói anti-colonialista. “Além da valorização cultural,
o monumento vai dar uma nova imagem à cidade de Menongue”, sublinhou.
A província tem ainda outro monumento histórico em homenagem aos heróis da
batalha do Kuito Kuanavale, erguido no município com o mesmo nome.
jornal de angola
sábado, 25 de julho de 2015
Exposição de pintura "Sinopse de Mulher" em Maputo
Há quem diga que a mulher é um efeito deslumbrante da natureza.
Para confirmar este adágio, em Maputo, há a exposição individual de Victor Sousa, “Sinopse Mulher”, patente no Museu Nacional de Arte. A mostra é uma colecção de obras criadas nos últimos 15 anos.
A mostra inaugurada no passado dia 16 juntou diversas personalidades. Várias pessoas não resistiram à inauguração desta mostra. Artistas, familiares, amigos e outras individualidades testemunharam o momento, dentre eles o ministro moçambicano da Cultura e Turismo, Silva Dunduro. Mesmo na qualidade de ministro, não ocultou o facto de ter sido aluno de Victor Sousa nas artes plásticas.
No seu discurso de abertura, Silva Dunduro disse que “esta exposição prova, de forma clara, as responsabilidades dos artistas, empreendedores culturais e da sociedade civil para o desenvolvimento do país”.
o país
Projecto cultural promove arte nas escolas em Maputo
Uma exposição de artes plásticas, batiques, fotografia, declamação de poesia e apresentação de dança pelos alunos das escolas primárias do Distrito Municipal KaMavota marcaram sexta-feira o encerramento da primeira fase do projecto “Cultura Itinerante da Cidade de Maputo”.
Trata-se de uma iniciativa do Governo da Cidade de Maputo com o objectivo de ocupar os tempos livres de crianças, adolescentes e jovens com actividades extracurriculares e despoletar o seu potencial artístico, cultural e desportivo, bem como assegurar a valorização da diversidade cultural do país.
Nesta fase foram envolvidos 8322 alunos em representação de 29 escolas do Distrito Municipal KaMavota, dos quais cerca de mil participaram directamente no desenvolvimento das actividades artístico-culturais, tendo sido premiados os melhores 20 trabalhos.
O evento que teve lugar no edifício-sede do Governo da Cidade de Maputo contou com a presença, entre outras individualidades, da governadora da cidade de Maputo, Iolanda Cintura, e do director de Educação e Cultura, Antonino Grachane.
No âmbito do projecto foram realizadas actividades como exposições de artes e cultura, exibição de filmes e documentários relacionados com a história do país, com o enfoque para os 40 anos da independência nacional.
O projecto, lançado no dia 16 deste mês, enquadra-se no cumprimento do Plano Quinquenal do Governo para o período 2015/2019 e irá abranger também os distritos municipais KaMpfumo, de Nlhamankulu, KaMaxakeni, KaMubukwana, KaTembe e KaNyaka.
notícias de maputo
quinta-feira, 23 de julho de 2015
Conakry Capital Mundial do Livro
A cidade de Conakry foi eleita a Capital Mundial do Livro para o ano de
2017. A decisão foi tomada por um comité de especialistas internacionais
reunidos na sede da Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e
Cultura, UNESCO, em Paris.
Segundo o organismo, a capital da Guiné-Conakry enviou um programa de candidatura com
muita "qualidade e diversidade, com foco especial no envolvimento das
comunidades".
Ao apresentar a candidatura para ser a Capital Mundial do Livro, Conakry também enviou um orçamento estruturado e "metas claras, com forte ênfase
nos jovens e na alfabetização".
A diretora-geral da UNESCO apoiou a escolha do comité e destacou que
"livros, leitura e aprendizagem são as chaves para a vida humana".
Irina Bokova notou o "forte investimento da Guiné-Conakry em promover os
livros e a alfabetização".
Com a decisão, a partir de 23 de Abril de 2017, quando for celebrado o Dia
Mundial do Livro, Conakry vai acolher durante um ano vários eventos para
promover os livros e a leitura, com a participação de editores e escritores.
Este ano, a Capital Mundial do Livro é Incheon, na Coreia do Sul, e para
2016, a cidade escolhida é Wroclaw, na Polónia.
"Um grão de Café" de Olinda Beja no Plano de leitura de Portugal
O livro infantil – “Um Grão de Café”, da
escritora santomense Olinda Beja acaba de entrar no Plano Nacional de Leitura
de Portugal.
Segundo a Editora portuguesa “Edições Esgotadas” que publicou a obra “a partir de agora, nas escolas portuguesas, as crianças do 3º ao 6º ano de escolaridade vão ler uma obra que lhes fala de um menino chamado Paguê que deu origem ao nome da ilha do Príncipe”.
Um reconhecimento singular do trabalho de uma escritora santomense que promove a cultura do seu país no mundo. O livro já foi apresentado em escolas de países africanos de língua portuguesa e em países europeus onde existem comunidades portuguesas como Suíça, o Luxemburgo e a França.
A ilustração da obra é da autoria da artista plástica Teresa Bondoso, também natural de São Tomé.
telanon
FAMA, feira da mulher africana, sábado, 1 de Agosto em Lisboa
CONVITE
A Comissão Instaladora da PADEMA – plataforma para o desenvolvimento da mulher africana - tem a honra e o prazer de o(a) convidar a visitar a FAMA, I feira da mulher africana, que se realiza no próximo dia 1 de Agosto, sábado, a partir das 12H00, na Casa Pia de Lisboa, na Avenida do Restelo nº 1, próximo do Estádio do Belenenses.
O
acontecimento, que assinala os 40 anos das independências dos Cinco (Angola,
Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique e São Tomé e Príncipe) e o 31 de Julho,
dia da Mulher Africana, vai mostrar a mulher africana e as suas diversas
facetas artísticas e culturais tais como, a dança/música, gastronomia, moda,
beleza, literatura, pintura, artesanato e decoração e animação infantil
quarta-feira, 22 de julho de 2015
Festival luvale abre no Moxico
A cultura dos luvale, na província angolana do Moxico, é conhecida, a
partir de hoje, no município do Alto Zambeze, com a abertura do Festival
Etnolinguístico local, um espaço para a preservação dos princípios e tradições
da região.
O director provincial da Cultura disse ao Jornal
de Angola que o festival é uma oportunidade para mostrar o património
cultural dos luvale, através de manifestações artísticas.
“Durante o festival etnolinguístico as pessoas podem conhecer os hábitos culturais da população. É também uma forma de transmitir estes conhecimentos à futura geração”, disse João Noé Manuel.
O Moxico, disse, tem uma grande riqueza patrimonial e cultural e as festas são uma factor-chave na preservação e divulgação da cultura local, porque permitem às pessoas, não só de Angola, mas também de outros países conhecerem melhor a História, a tradição e as vivências, reforçadas, este ano pela presença da soberana de Luena.
As visitas aos túmulos das rainhas Nyakatolo Ngambo (Cavungo), Kutemba e Chissengo (Cazombo), e às quedas de água de Luzavo e à Lagoa de Mujinatena constam do programa festivo, informou a administradora municipal, Adelina Chilica.
As festividades dos Luvale contam com a presença de figuras e entidades governamentais nacionais, além de representantes das vizinhas Repúblicas do Congo Democrática e da Zâmbia.
O festival etnolinguístico recebeu em 2012 um diploma de mérito do Ministério da Cultura, que o instituiu como Festival Internacional dos Luvale, devido à participação de diversos cidadãos da República Democrática do Congo e da Zâmbia.
O festival dos Luvale é realizado anualmente no dia 22 de Junho, data em que faleceu, em Luanda, a Rainha Nyakatolo Chissengo, em 1992. Na era colonial, a data era comemorada pelo regedor Kaquengue, nas localidades de Lumbala Caquengue e Chilombo.
Com o inicio da luta de libertação nacional, a população que vivia naquelas localidades foi obrigada a refugiar-se na Zâmbia, passando a festa a realizar-se, durante anos, nestes países vizinhos até a conquista da paz em 2002.
“Durante o festival etnolinguístico as pessoas podem conhecer os hábitos culturais da população. É também uma forma de transmitir estes conhecimentos à futura geração”, disse João Noé Manuel.
O Moxico, disse, tem uma grande riqueza patrimonial e cultural e as festas são uma factor-chave na preservação e divulgação da cultura local, porque permitem às pessoas, não só de Angola, mas também de outros países conhecerem melhor a História, a tradição e as vivências, reforçadas, este ano pela presença da soberana de Luena.
As visitas aos túmulos das rainhas Nyakatolo Ngambo (Cavungo), Kutemba e Chissengo (Cazombo), e às quedas de água de Luzavo e à Lagoa de Mujinatena constam do programa festivo, informou a administradora municipal, Adelina Chilica.
As festividades dos Luvale contam com a presença de figuras e entidades governamentais nacionais, além de representantes das vizinhas Repúblicas do Congo Democrática e da Zâmbia.
O festival etnolinguístico recebeu em 2012 um diploma de mérito do Ministério da Cultura, que o instituiu como Festival Internacional dos Luvale, devido à participação de diversos cidadãos da República Democrática do Congo e da Zâmbia.
O festival dos Luvale é realizado anualmente no dia 22 de Junho, data em que faleceu, em Luanda, a Rainha Nyakatolo Chissengo, em 1992. Na era colonial, a data era comemorada pelo regedor Kaquengue, nas localidades de Lumbala Caquengue e Chilombo.
Com o inicio da luta de libertação nacional, a população que vivia naquelas localidades foi obrigada a refugiar-se na Zâmbia, passando a festa a realizar-se, durante anos, nestes países vizinhos até a conquista da paz em 2002.
Os Luvale
Conhecidos também como Tulwena, pelo facto de algumas dessas comunidades se terem fixado nas margens do rio Luena, um dos afluentes do Zambeze, os luvale têm uma história ligada à tradição Lunda. Por causa dos conflitos havidos na corte entre a princesa Lweji a Nkondi, que detinha o poder, e os seus irmãos, príncipes Cinguli e Cinyama, estes abandonaram a corte e o território.
Cinguli e os seus parentes dirigiram-se para oeste, “onde o sol morre”, local onde foi recebido pelo governador colonial, que o autorizou a estabelecer-se em Kasanji.
Cinyama emigrou em direcção ao Sul, instalando-se na área correspondente à actual província do Moxico, e organizou aí o grupo que veio a receber e a partilhar os laços histórico-sociais e práticas rituais comuns com os seus vizinhos e afins culturais cockwe, tumbunda e tulunda. Com regime de filiação uterina ou matrilinear, e com a morte do grande chefe Cinyama, a estrutura política dos luvale passou para a gestão das mulheres, nomeadamente, Nyakatolo Ngambo, Nyakatolo Kutemba e em 1927 a rainha Nyakatolo Cisengo, falecida em Julho de 1991.
No aspecto artístico e cultural, os luvale, tal como todos povos do Leste de Angola, fabricam tambores de madeira, ngoma, cobertos de pele de antílope, cujo som, associado às melodias das suas canções, apaixonam os bailarinos e os assistentes das danças de lazer como coombe (tchombe), macopo e a cachacha, para as cerimónias de iniciação feminina e masculina, que constitui o momento mais alto da vida dos jovens, quando transitam para a vida adulta.
Os luvale são exímios artesãos de olaria negra, polida, envernizada, modelada e ornada com figuras antropomórficas e zoomórficas, destacando-se os mulondo ou vasos encimados por cabeças de mulheres, de homens ou por uma máscara. São vasos com características excepcionalmente raras e que revelam o luxo dos seus utilizadores ou as possibilidades técnicas mais avançadas dos oleiros luvale.
Pela sua raridade técnica e de ornamentação excepcional, esta cerâmica é considerada como uma obra prima e exclusiva dos luvale e um património cultural a preservar, não só para a contemplação das gerações presentes, mas também como fonte de inspiração da cultura actual para as gerações vindouras.
Os luvale ocupam maioritariamente os Municípios de Alto Zambeze e Luhakano. Têm ainda um bom número de habitantes na Zâmbia e núcleos no Congo Democrático.
Conhecidos também como Tulwena, pelo facto de algumas dessas comunidades se terem fixado nas margens do rio Luena, um dos afluentes do Zambeze, os luvale têm uma história ligada à tradição Lunda. Por causa dos conflitos havidos na corte entre a princesa Lweji a Nkondi, que detinha o poder, e os seus irmãos, príncipes Cinguli e Cinyama, estes abandonaram a corte e o território.
Cinguli e os seus parentes dirigiram-se para oeste, “onde o sol morre”, local onde foi recebido pelo governador colonial, que o autorizou a estabelecer-se em Kasanji.
Cinyama emigrou em direcção ao Sul, instalando-se na área correspondente à actual província do Moxico, e organizou aí o grupo que veio a receber e a partilhar os laços histórico-sociais e práticas rituais comuns com os seus vizinhos e afins culturais cockwe, tumbunda e tulunda. Com regime de filiação uterina ou matrilinear, e com a morte do grande chefe Cinyama, a estrutura política dos luvale passou para a gestão das mulheres, nomeadamente, Nyakatolo Ngambo, Nyakatolo Kutemba e em 1927 a rainha Nyakatolo Cisengo, falecida em Julho de 1991.
No aspecto artístico e cultural, os luvale, tal como todos povos do Leste de Angola, fabricam tambores de madeira, ngoma, cobertos de pele de antílope, cujo som, associado às melodias das suas canções, apaixonam os bailarinos e os assistentes das danças de lazer como coombe (tchombe), macopo e a cachacha, para as cerimónias de iniciação feminina e masculina, que constitui o momento mais alto da vida dos jovens, quando transitam para a vida adulta.
Os luvale são exímios artesãos de olaria negra, polida, envernizada, modelada e ornada com figuras antropomórficas e zoomórficas, destacando-se os mulondo ou vasos encimados por cabeças de mulheres, de homens ou por uma máscara. São vasos com características excepcionalmente raras e que revelam o luxo dos seus utilizadores ou as possibilidades técnicas mais avançadas dos oleiros luvale.
Pela sua raridade técnica e de ornamentação excepcional, esta cerâmica é considerada como uma obra prima e exclusiva dos luvale e um património cultural a preservar, não só para a contemplação das gerações presentes, mas também como fonte de inspiração da cultura actual para as gerações vindouras.
Os luvale ocupam maioritariamente os Municípios de Alto Zambeze e Luhakano. Têm ainda um bom número de habitantes na Zâmbia e núcleos no Congo Democrático.
jornal de angola
segunda-feira, 20 de julho de 2015
Novo livro de Corsino Forte lançado esta terça-feira
Corsino Fortes lança hoje, terça-feira, no
Mindelo, o seu mais recente livro: "Sinos de Silêncio, Canções e
Haikais". Nesta obra, o poeta mostra mais uma vez que, aos 82 anos de
idade, o dom de criar beleza através das palavras continua intacto e pujante.
Muitos dos poemas que integram
"Sinos de Silêncio" já são conhecidos dos admiradores de Corsino
Fortes. Foram disponibilizados previamente na página do poeta no Facebook,
acompanhados de ilustrações da brasileira Érica Antunes Pereira, "com
enorme repercussão nas redes sociais", diz Simone Caputo Gomes,
especialista em literatura cabo-verdiana e prefaciadora deste livro.
Para a brasileira, docente na
Universidade de São Paulo, "pela sua brevidade e beleza, conjugação que se
adapta perfeitamente à velocidade de fruição característica da
contemporaneidade, os textos, embora densos na sua capacidade de gerar janelas
de percepção e imaginação, encontraram excepcional receptividade dos leitores
no que diz respeito ao quesito comunicação".
Agora, sob o formato de livro editado
pela Rosa de Porcelana, as canções e haikais (forma literária de origem
japonesa que tem a forma de poemas curtos de três linhas) surgem acompanhados
de fotografias de vários artistas, dentre os quais o filho do poeta, Corsa
Fortes, mais conhecido como o Mágico Corsa pelo público infantil do Festival
Internacional de Teatro do Mindelo.
Refira-se que Corsino Fortes recebeu o
prémio Vida e Obra, comemorativo do 40º Aniversário da Independência e
outorgado pela Academia Cabo-Verdiana de Letras e o Banco Comercial do
Atlântico, em parceria.
Corsino Fortes lança hoje, terça-feira, no
Mindelo, o seu mais recente livro: "Sinos de Silêncio, Canções e
Haikais". Nesta obra, o poeta mostra mais uma vez que, aos 82 anos de
idade, o dom de criar beleza através das palavras continua intacto e pujante.
Muitos dos poemas que integram
"Sinos de Silêncio" já são conhecidos dos admiradores de Corsino
Fortes. Foram disponibilizados previamente na página do poeta no Facebook,
acompanhados de ilustrações da brasileira Érica Antunes Pereira, "com
enorme repercussão nas redes sociais", diz Simone Caputo Gomes,
especialista em literatura cabo-verdiana e prefaciadora deste livro.
Para a brasileira, docente na
Universidade de São Paulo, "pela sua brevidade e beleza, conjugação que se
adapta perfeitamente à velocidade de fruição característica da
contemporaneidade, os textos, embora densos na sua capacidade de gerar janelas
de percepção e imaginação, encontraram excepcional receptividade dos leitores
no que diz respeito ao quesito comunicação".
Agora, sob o formato de livro editado
pela Rosa de Porcelana, as canções e haikais (forma literária de origem
japonesa que tem a forma de poemas curtos de três linhas) surgem acompanhados
de fotografias de vários artistas, dentre os quais o filho do poeta, Corsa
Fortes, mais conhecido como o Mágico Corsa pelo público infantil do Festival
Internacional de Teatro do Mindelo.
Refira-se que Corsino Fortes recebeu o
prémio Vida e Obra, comemorativo do 40º Aniversário da Independência e
outorgado pela Academia Cabo-Verdiana de Letras e o Banco Comercial do
Atlântico, em parceria.
a semana
domingo, 19 de julho de 2015
Cinema cabo-verdiano na Guiné Bissau
A
Associação de Cinema e Audiovisual de Cabo Verde (ACACV) realiza de 22 a 26 de
Setembro, na Guiné-Bissau, a 2ª fase da Semana de Mostra de Filmes e convidou
os realizadores e produtores cabo-verdianos a participarem no evento.
A
mostra enquadra-se nas actividades comemorativas da independência da
Guiné-Bissau, à semelhança do ciclo de cinema que decorreu recentemente em Cabo
Verde, com filmes de realizadores guineenses.
De acordo com o presidente da ACACV, Júlio Silvão, a
participação é aberta a todos os profissionais, que devem disponibilizar os
filmes para exibição gratuita.
Segundo Júlio Silvão, existe a intenção de realizar o evento de dois em dois anos e, no intervalo, desenvolver acções formativas alternadas no espaço territorial.
Segundo Júlio Silvão, existe a intenção de realizar o evento de dois em dois anos e, no intervalo, desenvolver acções formativas alternadas no espaço territorial.
A I Semana de Mostra de Filmes da Guiné Bissau em Cabo Verde
encerrou com a assinatura de um protocolo de intenção de parcerias entre o
Instituto de Cinema da Guiné-Bissau e a Associação de Cinema e Audiovisual de
Cabo Verde.
jornal de angola
Marcela Costa expõe em Milão
Cinco
obras de tecelagem da autoria de Marcela Costa constam de uma exposição, a ser
inaugurada amanhã, segunda-feira, e patente até ao dia 30, no espaço Galeria
UNAP, no pavilhão de Angola, na Expo Milão 2015.
Patrício Batsîkama, curador da exposição, disse ao Jornal de Angola que as obras de tecelagem apresentam um pendor estético interessante, exibindo dois aspectos da sociedade, a angolanidade e o “sexo frágil” face aos desafios actuais em Angola.
“É uma construção da cultura angolana e o seu lugar na multimodernidade. A preparação do homem - social, cultural ou economicamente - debita das heranças socioculturais dos seus progenitores, e sucessivamente, da responsabilidade destes”.
O curador referiu que nesta exposição destaca-se a mulher,
por ser aquela que mais sofreu na trágica guerra angolana. Porém, explicou, a
tecelã procura também lembrar a sociedade e a todos sobre a importância da
educação da mulher.
“A mostra procura mostrar a importância da mulher na educação infantil. Acredito que essas imagens sejam o fruto da experiência pessoal da artista, que já trabalhou com várias gerações de meninas artistas”.
“A mostra procura mostrar a importância da mulher na educação infantil. Acredito que essas imagens sejam o fruto da experiência pessoal da artista, que já trabalhou com várias gerações de meninas artistas”.
Marcela Costa nasceu
no Golungo Alto, Kwanza Norte, e fez a sua formação em Luanda no Instituto
Industrial, onde tirou o curso de Artes Visuais e posteriormente o curso de
Instrutora de Artes Plásticas.
Em 1984, foi para a Suécia, onde fez o curso de Tecelagem Artística e suas Superações, no Instituto Handarbetets Vanner, em Estocolmo, e ainda no Saterslanta Henslojdes Gard, em Dolana.
Em 1984, foi para a Suécia, onde fez o curso de Tecelagem Artística e suas Superações, no Instituto Handarbetets Vanner, em Estocolmo, e ainda no Saterslanta Henslojdes Gard, em Dolana.
A artista conta no seu percurso mais de 20 exposições
individuais e mais de 30 colectivas, em galerias nacionais e internacionais. A
primeira exposição individual foi apresentada em Luanda na União Nacional de
Artistas Plásticos.
Entre os países onde apresentou exposições de arte constam a
Bélgica, África do Sul, Estados Unidos, Gabão, Itália, Japão, Zimbabué,
Botswana, Grã-Bretanha, Rússia, Coreia do Sul, Espanha, Suécia, China, Portugal
e Estónia.
jornal de angola
quinta-feira, 16 de julho de 2015
Teatro moçambicano em festival angolano
É neste domingo que encerra o
Festeca - Festival Internacional do Cazenga, em Luanda. E a peça teatral “Os
Aparecidos”, do grupo moçambicano Girassol, é a escolhida para fechar com chave
de ouro.
“Os Aparecidos”, peça adaptada por Joaquim Matavel do
conto “A História dos Aparecidos”, de Mia Couto, e encenada por Elliot Alex,
retrata situações relacionadas com as calamidades naturais, injustiças,
exclusão social e gestão de recursos, bem como as modalidades e formas que
podem ser adoptadas para lutar pela justiça e por um bem-estar de todos.o país
60 anos a conversar com a guitarra
Solidez e consistência. São
características visíveis e testemunhadas por muitos que acompanham a carreira
do renomado músico Xidiminguana que dura há 60 anos. Como forma de o
homenagear, a Fundação moçambicana Fernando Leite Couto promove, amanhã, sexta-feira. uma sessão de
conversa com o artista.
A conversa com Xidiminguana, intercalada
com exibições de música, pretende dar a conhecer o percurso do monstro da música
moçambicana.
Xidiminguana, que próximo mês
completa 79 anos de idade, é aplaudido pela forma exímia de tocar guitarra,
ultrapassando a forma tradicional de executar o instrumento. Trata-o como se
fosse outra pessoa. Não pessoa qualquer, mas seu companheiro, capaz de o
entender. Por isso, muitas vezes, o músico desencadeia uma conversa melódica
com as cordas.
Arrepende-se quem perde uma dessas ricas sessões. A sorte dos
fãs é que Xidiminguana, mesmo com a idade avançada, não desiste de brindar o
seu público com fascinantes performances sempre que pode.
o país
Angolano Cristiano Mangovo pinta em Paris
O maior
intercâmbio artístico entre os criadores angolanos e os franceses é uma das
novas apostas do projecto ENSA-Arte, que enviou a Paris o artista plástico
Cristiano Mangovo, para uma estada de um mês com outros criadores estrangeiros.
O artista,
vencedor do prémio Alliance Française, criado para a valorização de jovens
talentos, vai trocar experiências com vários criadores e visitar algumas
residências artísticas e museus de arte.
Segundo o presidente do conselho de administração da ENSA, Cristiano Mangovo reside, durante a sua estada, na Academia Cité des Arts de Paris, onde em quatro semanas deve produzir um quadro, que é apresentado numa exposição colectiva.
Manuel Gonçalves considera a viagem do artista uma experiência enriquecedora por permitir a interacção com as vivências de outros artistas, uma tendência estética da arte moderna mundial.
O prémio ENSA-Arte, considerado uma referência no panorama das artes plásticas em Angola, foi instituído em 1992, altura do lançamento do concurso na categoria de Pintura, tendo a ideia surgido a partir de uma exposição de sete pintores angolanos,Viteix (primeiro artista premiado), Henrique Abranches, Augusto Ferreira, Jorge Gumbe, António Ole, Telmo Vaz Pereira e José Zan Andrade.
Segundo o presidente do conselho de administração da ENSA, Cristiano Mangovo reside, durante a sua estada, na Academia Cité des Arts de Paris, onde em quatro semanas deve produzir um quadro, que é apresentado numa exposição colectiva.
Manuel Gonçalves considera a viagem do artista uma experiência enriquecedora por permitir a interacção com as vivências de outros artistas, uma tendência estética da arte moderna mundial.
O prémio ENSA-Arte, considerado uma referência no panorama das artes plásticas em Angola, foi instituído em 1992, altura do lançamento do concurso na categoria de Pintura, tendo a ideia surgido a partir de uma exposição de sete pintores angolanos,Viteix (primeiro artista premiado), Henrique Abranches, Augusto Ferreira, Jorge Gumbe, António Ole, Telmo Vaz Pereira e José Zan Andrade.
Em 1996, o
concurso passa a Prémio com a denominação de ENSA-Arte, agregando duas
disciplinas. No ano passado o prémio distinguiu a artista Fineza Teta, com
“Inquietações Culturais”, um acrílico sobre tela, enquanto o segundo lugar foi
para Maiomona Vua, com a obra “Atenção à educação cultural”, feita em técnica
mista. O prémio Juventude de Pintura foi para Meso Mumpasi com a obra
“Conversa”, enquanto o prémio Especial Província foi atribuído a André Malenga,
com a obra “África Magazine (África Today)”.
O prémio Alliance
Française foi para Cristiano Mangovo Brás, pela obra “Promessa Vindoura”.
Além destes prémios foram atribuídas pelo júri do concurso menções honrosas aos artistas plásticos Ângelo de Carvalho, Hildebrando de Melo e Miguel Gonçalves.
Além destes prémios foram atribuídas pelo júri do concurso menções honrosas aos artistas plásticos Ângelo de Carvalho, Hildebrando de Melo e Miguel Gonçalves.
jornal de angola
quarta-feira, 15 de julho de 2015
Moçambicano é artista revelação no Canadá
O artista moçambicano Samito Matsinhe foi agraciado
com o Prémio Revelação, da Rádio Canadá, para a categoria World Music.
Este prémio garante que Samito
beneficie, durante o próximo ano, de promoção em todas as plataformas de rádio,
televisão e web da Rádio Canadá.
Igualmente, o artista ganhou direito
a aparições públicas e participação em festivais naquele país da América do
Norte.
Não haveria melhor momento para
esta distinção. Este é um período em que Samito embarca numa digressão pré-promocional
do seu primeiro álbum a solo, Xico – Xico, a ser lançado em Outubro deste ano.
o país
terça-feira, 14 de julho de 2015
Yaka: trinta anos a dançar
O grupo angolano de dança Yaka realiza, no próximo mês de
Novembro, em Luanda, dois espectáculos para comemorar os 30 anos de carreira,
que se assinalam quinta-feira, 16.
Os eventos, um para o público e outro restrito, constituem
oportunidade para mostrar a trajectória do grupo que já albergou mais de 200
bailarinos desde a sua criação.
A directora do Yaka informou que participam nos espectáculos
todos os seus ex-integrantes, inclusive algumas figuras que se afastaram há
muitos anos dos palcos.
Ana Rosa referiu que o grupo está acessível a receber propostas
para a compra dos direitos dos seus espectáculos, por forma a suportar as
despesas que vão desde o pagamento do espaço, material de som e luz e a
indumentária. O espectáculo dos 30 anos de carreira, disse Ana Rosa,
serve para gravar um DVD, que inclui também “as
filmagens de algumas actuações do grupo nos anos 1980 e 90”. O grupo Yaka pretende
realizar espectáculos em Benguela, Huíla, Cuanza Sul e Malanje, províncias
cujos admiradores reclamam da ausência dos espectáculos.
O Yaka surgiu a 16 de Julho de 1985, com a denominação “Pré Fabricados”, tendo adoptado o nome Grupo de Dança da Mabor em 1987. A designação Yaka, um símbolo de inteligência e sabedoria do povo Bayaka, surgiu em 1990, como reconhecimento da luta contra a captura dos angolanos para servirem de escravos.
O grupo foi distinguido como “Revelação” do Prémio Cidade de Luanda, em 1998, e “Melhor grupo de dança popular recreativa”, em 1989 e 1990, pela então Secretaria de Estado da Cultura. O agrupamento participou em várias actividades fora de Angola, com destaque para a Expo 98, em Portugal, o Festival da Juventude, na Venezuela, em 2003, e no Mundial de Futebol na Alemanha, em 2006.
O Yaka surgiu a 16 de Julho de 1985, com a denominação “Pré Fabricados”, tendo adoptado o nome Grupo de Dança da Mabor em 1987. A designação Yaka, um símbolo de inteligência e sabedoria do povo Bayaka, surgiu em 1990, como reconhecimento da luta contra a captura dos angolanos para servirem de escravos.
O grupo foi distinguido como “Revelação” do Prémio Cidade de Luanda, em 1998, e “Melhor grupo de dança popular recreativa”, em 1989 e 1990, pela então Secretaria de Estado da Cultura. O agrupamento participou em várias actividades fora de Angola, com destaque para a Expo 98, em Portugal, o Festival da Juventude, na Venezuela, em 2003, e no Mundial de Futebol na Alemanha, em 2006.
jornal de angola
segunda-feira, 13 de julho de 2015
Dança Ndembe: preservação da identidade cultural
João Wassamba, Angop
A dança folclórica Ndembe constitui um elemento
sociocultural fulcral e aglutinador das populações das comunas do Úcua e
Kicabo, município do Dande, província angolana do Bengo, por representar a
tradição e preservar a identidade cultural desta região.
Ndembe, que significa batuque, na língua kimbundu, foi adaptada a dança
pelo chamariz da sua ressonância que se constitui num elemento unificador,
fazendo rodopiar os seus admiradores.
A dança Ndembe caracteriza-se pela exercitação corporal sincronizada,
através de movimentos rítmicos cadenciados, criando uma harmonia cuja
coreografia consiste em unir os pares.
De acordo com testemunhas da região, o Ndembe assemelha-se a algumas danças
tradicionais antigas, cuja execução rítmica consistia também nos batimentos
repetitivos dos pés dos cavalheiros no chão, conjugando com as palmas das mãos.
Segundo eles, o Ndembe está igualmente ligado aos aspectos religiosos,
festivos, históricos, a caça e lendas, bem como acontecimentos do
quotidiano e folias em recintos abertos, para celebrar a chegada de um caçador
com um animal ou um visitante na comunidade.
Para tornar a dança Ndembe mais atractiva, foram introduzidos outros
instrumentos musicais, tais como reco-reco e corneta tradicional (pungue),
cujos executantes trajam-se de indumentarias típicas de caçadores.
Relatos executantes do grupo cultural da comuna do Úcua dizem que a dança
folclórica Ndembe é animada com canções populares, cujas letras reivindicavam a
liberdade do angolano do jugo colonial português.
O regedor António Benvindo, um dos bailarinos desta dança, 79 anos, na
comuna de Kicabo (Dande), confirma que, para além da sua exuberância, a Ndembe
serve para receber visitantes, dando as boas vindas com palmas e
assobios.
A entidade tradicional sustentou que na província do Bengo existem vários
grupos folclóricos que dançam Ndembe, cuja notoriedade recai as comunas do Úcua
e Kicabo (município do Dande), cujos intérpretes continuam a dar o ar da sua
graça nas pistas de dança, sobretudo nos desfiles carnavalescos, para
incentivar os jovens a preservar esse tipo de dança.
O ancião lembrou que mesmo na época colonial, o seu grupo era convidado
para animar vários eventos como forma de preservar a arte de dançar e a
identidade cultural.
Por seu turno, Carla Saraiva, dançarina, 69 anos, residente na comuna do
Úcua, adiantou que a tipologia da dança Ndembe é característica do semba e do
kabetula, cujos dançarinos exibem-se numa roda.
Explicou que a outra vertente desta dança consubstancia-se em festejar num
determinado óbito de um caçador, onde o grupo exibe-se para homenageá-lo.
Maria Joana, a dançarina mais antiga do grupo tradicional Ndembe do Jungo,
85 anos, afirmou que já levaram esta dança em cerimónia festiva na província de
Luanda.
A velha Joana revelou, por outro lado, que dançavam o Ndembe para
homenagear os pescadores pela abundância nas suas capturas piscatórias,
trazendo o bagre, cacusso e seguilhões, mais predominante nas lagoas das
Ibêndua, Murima, Muculo.
Já o soba da região do Dande, Francisco Pedro José Neto Salamubemba,
considerou a dança como uma tradição que deve ser praticada por jovens e servir
de exemplo para as gerações vindouras.
Solicita as instituições de direito, com realce para o Ministério da
Cultura e da Justiça, a registarem a dança Ndembe para servir de baluarte
nacional, fazendo parte do acervo cultural desta região.
Por sua vez, o antropólogo Miguel João Paulo esclarece que o Ndembe pode
ser considerado “um rito histórico de passagem, visando recrear momentos gloriosos
do passado e do presente”.
Explicou que a dança Ndembe servia igualmente para focalizar os valores
religiosos, maus espíritos, a morte e momentos de jubilação quando houvesse boa
colheita na agricultura, pesca e caça.
A Direcção Provincial da Cultura do Bengo reafirma que fará a divulgação do
Ndembe e revitalizar os grupos desta dança folclórica da região, para continuar
a animar bailes e eventos culturais na província e não só.
Actualmente tem como
defensores um grupo de mais de 30 pessoas das comunidades do Jungo (Úcua) e
Kicabo, município do Dande.
Debate sobre o jornalismo em Angola
O “jornalismo angolano na encruzilhada dos 40 anos de independência nacional” é o tema do debate, da próxima quarta-feira, dia 15, na União dos Escritores Angolanos (UEA), que terá como orador o jornalista Siona Casimiro.
Chefe de redacção do
jornal Apostolado, Siona Casimiro, antigo director da Agência Angolana de
notícias, Angop falará sobre as várias
fases históricas, concretamente a conturbada fase da independência nacional,
passando pela guerra civil e o período de paz.
Autor do livro “Maquis
e arredores-memórias do jornalismo que acompanhou a luta de libertação nacional
(1961-1975), Siona Casimiro é um testemunho vivo da história do jornalismo
angolano.
É diplomado pelo
Centro de Formação Profissional de Jornalismo de Paris. Após estagiar na
Agência Congolese de Press (ACP), escreveu para as agências France Press (AFP),
Angola Press (Angop), Pana-africana de Informação (Pana) e Associated Press
(EUA).
Foi director do Centro
de Imprensa Anibal de Melo, fundador do Sindicato dos Jornalistas Angolanos
(SJA) e do MISA Angola.
Angop
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