segunda-feira, 29 de junho de 2015

Ilha de Moçambique prepara bi-centenário

Resultado de imagem para ilha de moçambique 

Os festejos da passagem dos 200 anos de elevação da Ilha de Moçambique à categoria de cidade já estão a mexer com todos os ilhéus.
Não obstante faltarem ainda pouco mais de três anos – só em Setembro de 2018 é que serão assinalados os 200 anos – a cidade da Ilha de Moçambique já começou a viver um certo movimento orientado para esta efeméride.
Resultado de imagem para ilha de moçambique
Com efeito, a edilidade da Ilha de Moçambique acaba de lançar um apelo aos proprietários de infra-estruturas sociais, económicas, culturais e desportivas para iniciar um trabalho de reabilitação dos seus locais de actividades, bem como se propôs a apoiar na reabilitação e restauração de outros lugares históricos.
Para servir de exemplo, o Conselho Municipal da cidade da Ilha de Moçambique procedeu recentemente ao lançamento das obras de reabilitação do edifício onde actualmente funcionam os seus serviços.
Para esta acção foram desembolsados a favor do empreiteiro responsável pelos trabalhos um montante estimado em oito milhões de meticais.
O edil local, Saíde Abdurremane Gimba, disse que a obra de reabilitação em curso daquele edifício é a segunda desde que foi construído em 1745.
A primeira intervenção foi realizada no longínquo ano de 1910. E 16 anos depois, a administração colonial portuguesa patrocinou obras de restauro consideradas de pequena envergadura e que consistiram na pintura interior e exterior do edifício.
O monumento foi evacuado em termos de serviços para permitir a execução cabal e tranquila dos trabalhos de grande envergadura.
Depois dos trabalhos chegarem ao fim poder-se-á considerar o edifício como sendo adequado para abarcar quase a totalidade dos serviços da edilidade, particularmente burocráticos, que foram descongestionados para outros imóveis.
Saide Abdurremane Gimba garantiu que o aspecto arquitectónico do edifício, sobretudo a sua fachada frontal, não merecerá quaisquer alterações em respeito às recomendações da Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (UNESCO), relativamente as cidades ou locais considerados patrimónios históricos da Humanidade.
O edil disse ter instado a todos os proprietários e ou gestores de infra-estruturas sociais, económicas culturais e desportivas implantadas na sua cidade e que se encontram num estado físico que exige intervenções visando o seu restauro no sentido de iniciar trabalhos nesse sentido.
Considerou que, os três anos que separam a data da comemoração dos 200 anos da elevação da Ilha de Moçambique ao estatuto de cidade são suficiente para quem reúne parcos recursos financeiros para investir nas obras.
O apelo da edilidade está a merecer atenção por parte dos munícipes a ponto da exploração dos materiais de construção usados para o restauro dos imóveis estar a conhecer uma pressão considerável.
Saide Abdurremane Gimba disse que esse facto é importante, pois, confere as comunidades que se dedicam ao corte de produtos florestais, extracção de areia e pedra e produção de cal, oportunidade para fazer melhorar a sua receita resultante da comercialização daqueles materiais.
Resultado de imagem para ilha de moçambique
Os referidos materiais são explorados não só ao nível da autarquia da Ilha de Moçambique como no vizinho distrito de Mossuril de onde provém a madeira da variedade mecrusse, cuja resistência está estimada em mais de um século, a qual foi usada para a construção dos edifícios mais antigos implantados naquela cidade mais velha no país.

Em 1991 a UNESCO elevou a Ilha de Moçambique foi elevada à categoria de Património Cultural da Humanidade, transformando-se na primeira “obra” que o país registava nos anais daquela prestigiada instituição das Nações Unidas.

Sem comentários:

Enviar um comentário