Os festejos da passagem
dos 200 anos de elevação da Ilha de Moçambique à categoria de cidade já estão a
mexer com todos os ilhéus.
Não obstante faltarem
ainda pouco mais de três anos – só em Setembro de 2018 é que serão assinalados
os 200 anos – a cidade da Ilha de Moçambique já começou a viver um certo
movimento orientado para esta efeméride.
Com efeito, a edilidade
da Ilha de Moçambique acaba de lançar um apelo aos proprietários de infra-estruturas
sociais, económicas, culturais e desportivas para iniciar um trabalho de
reabilitação dos seus locais de actividades, bem como se propôs a apoiar na
reabilitação e restauração de outros lugares históricos.
Para servir de exemplo,
o Conselho Municipal da cidade da Ilha de Moçambique procedeu recentemente ao
lançamento das obras de reabilitação do edifício onde actualmente funcionam os
seus serviços.
Para esta acção foram
desembolsados a favor do empreiteiro responsável pelos trabalhos um montante
estimado em oito milhões de meticais.
O edil local, Saíde
Abdurremane Gimba, disse que a obra de reabilitação em curso daquele edifício é
a segunda desde que foi construído em 1745.
A primeira intervenção
foi realizada no longínquo ano de 1910. E 16 anos depois, a administração
colonial portuguesa patrocinou obras de restauro consideradas de pequena
envergadura e que consistiram na pintura interior e exterior do edifício.
O monumento foi evacuado
em termos de serviços para permitir a execução cabal e tranquila dos trabalhos
de grande envergadura.
Depois dos trabalhos
chegarem ao fim poder-se-á considerar o edifício como sendo adequado para
abarcar quase a totalidade dos serviços da edilidade, particularmente
burocráticos, que foram descongestionados para outros imóveis.
Saide Abdurremane Gimba
garantiu que o aspecto arquitectónico do edifício, sobretudo a sua fachada
frontal, não merecerá quaisquer alterações em respeito às recomendações da
Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (UNESCO),
relativamente as cidades ou locais considerados patrimónios históricos da
Humanidade.
O edil disse ter instado
a todos os proprietários e ou gestores de infra-estruturas sociais, económicas
culturais e desportivas implantadas na sua cidade e que se encontram num estado
físico que exige intervenções visando o seu restauro no sentido de iniciar
trabalhos nesse sentido.
Considerou que, os três
anos que separam a data da comemoração dos 200 anos da elevação da Ilha de
Moçambique ao estatuto de cidade são suficiente para quem reúne parcos recursos
financeiros para investir nas obras.
O apelo da edilidade
está a merecer atenção por parte dos munícipes a ponto da exploração dos
materiais de construção usados para o restauro dos imóveis estar a conhecer uma
pressão considerável.
Saide Abdurremane Gimba
disse que esse facto é importante, pois, confere as comunidades que se dedicam
ao corte de produtos florestais, extracção de areia e pedra e produção de cal,
oportunidade para fazer melhorar a sua receita resultante da comercialização
daqueles materiais.
Os referidos materiais
são explorados não só ao nível da autarquia da Ilha de Moçambique como no
vizinho distrito de Mossuril de onde provém a madeira da variedade mecrusse,
cuja resistência está estimada em mais de um século, a qual foi usada para a
construção dos edifícios mais antigos implantados naquela cidade mais velha no
país.
Em 1991 a UNESCO elevou
a Ilha de Moçambique foi elevada à categoria de Património Cultural da
Humanidade, transformando-se na primeira “obra” que o país registava nos anais
daquela prestigiada instituição das Nações Unidas.
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