Abel Veiga
Elísio Jordão, artista plástico santomense que já deu cartas de arte em vários palcos internacionais, brinda o
seu país com uma exposição crítica sobre a verdadeira alma santomense.
Dos quadros expostos
no Centro Cultural português, na capital santomense, alguns mostram a
prepotência do ser santomense. «Há muita gente que depois de
uma formação superior considera-se melhor do que os outros. Uma atitude
comportamental que está a comprometer o desenvolvimento do país»,
declarou o artista plástico.
Outros reflectem a
desilusão do artista em relação ao homem santomense. «O homem santomense, é esquisito. É um pouco mau, hipócrita, frio.
Embora não se pode associar toda gente no mesmo saco mas o nosso país está
assim como está pelo instinto de má-fé», desabafou Elísio Jordão.
Santomense é um homem
dependente. Libertou-se da colonização, mas passou a ser dependente de um
produto, o arroz. Num dos quadros, Elísio Jordão transformou um saco de arroz
de 13 contos, numa tela para criticar a dependência do homem santomense. «Como é que é possível um povo estar preso ao arroz. E o arroz faz
mudar o comportamento e atitude das pessoas. Pelo arroz as pessoas perdem a
noção, ganha-se e perde-se as eleições. Por tudo o que está por detrás do arroz
fiz uma análise a minha maneira, sobre o alcance do arroz na vida do homem
santomense», pontuou.
“A outra face das ilhas maravilhosas de
São Tomé e Príncipe” é o tema da exposição que continua aberta ao público no
Centro Cultural Português.
Não é a primeira vez que Elísio Jordão
expõe a sua arte no Centro Cultural Português. O artista que já representou São
Tomé e Príncipe em diversos palcos internacionais, mereceu elogio de diversas
individualidades santomenses, que encontraram nos quadros expostos a alma do
ser santomense.
telanon
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