sábado, 13 de junho de 2015

Artista santomense pinta dependência do arroz

Abel Veiga
Elísio Jordão, artista plástico santomense que já deu cartas de arte em vários palcos internacionais, brinda o seu país com uma exposição crítica sobre a verdadeira alma santomense.
Dos quadros expostos no Centro Cultural português, na capital santomense, alguns mostram a prepotência do ser santomense. «Há muita gente que depois de uma formação superior considera-se melhor do que os outros. Uma atitude comportamental que está a comprometer o desenvolvimento do país», declarou o artista plástico.
auadro arroz

Outros reflectem a desilusão do artista em relação ao homem santomense. «O homem santomense, é esquisito. É um pouco mau, hipócrita, frio. Embora não se pode associar toda gente no mesmo saco mas o nosso país está assim como está pelo instinto de má-fé», desabafou Elísio Jordão.
Santomense é um homem dependente. Libertou-se da colonização, mas passou a ser dependente de um produto, o arroz. Num dos quadros, Elísio Jordão transformou um saco de arroz de 13 contos, numa tela para criticar a dependência do homem santomense. «Como é que é possível um povo estar preso ao arroz. E o arroz faz mudar o comportamento e atitude das pessoas. Pelo arroz as pessoas perdem a noção, ganha-se e perde-se as eleições. Por tudo o que está por detrás do arroz fiz uma análise a minha maneira, sobre o alcance do arroz na vida do homem santomense», pontuou.

quadro
“A outra face das ilhas maravilhosas de São Tomé e Príncipe” é o tema da exposição que continua aberta ao público no Centro Cultural Português.
O público que encheu o centro cultural português para ver a exposição, reagiu com admiração.  
Não é a primeira vez que Elísio Jordão expõe a sua arte no Centro Cultural Português. O artista que já representou São Tomé e Príncipe em diversos palcos internacionais, mereceu elogio de diversas individualidades santomenses, que encontraram nos quadros expostos a alma do ser santomense.
telanon


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