Duda Camenha
segunda-feira, 29 de junho de 2015
Centro de estudos angolanos na Coreia do Sul
A Universidade de Dankuk da Coreia do Sul, que tem
no seu currículo a disciplina de estudos de língua portuguesa, irá contar
brevemente com um Centro de Estudos Angolanos.
O embaixador de Angola naquele país asiático, Albino Malungo, e o
reitor da Universidade de Dankuk, Chang Hosung, assinaram um protocolo que
lança o Centro de Estudos Angolanos.
O centro vai também permitir o intercâmbio bilateral o estreitamento das relações académicas,
económicas e culturais, com publicação anual de livros sobre Angola em língua
coreana.
A instituição estará vocacionada também para organização de conferências,
palestras e troca de visitas de pesquisadores de ambos os países. O protocolo prevê ainda a atribuição de bolsas a estudantes angolanos.
O embaixador Albino Malungo será o director Honorário do centro que contará
com a colaboração de cinco pesquisadores, um secretariado de apoio para as
questões administrativas, realização de eventos académicos, administração da
homepage e outras actividades.
O Comité Consultivo do centro será formado por sete membros, liderado por
um ex-embaixador da Coreia do Sul em Angola.
A embaixada angolana vai contribuir com material didáctico e 200 mil
dólares anualmente, para as despesas deste que é o primeiro Centro de Estudos
Angolanos na Coreia do Sul.
angop
Ilha de Moçambique prepara bi-centenário
Os festejos da passagem
dos 200 anos de elevação da Ilha de Moçambique à categoria de cidade já estão a
mexer com todos os ilhéus.
Não obstante faltarem
ainda pouco mais de três anos – só em Setembro de 2018 é que serão assinalados
os 200 anos – a cidade da Ilha de Moçambique já começou a viver um certo
movimento orientado para esta efeméride.
Com efeito, a edilidade
da Ilha de Moçambique acaba de lançar um apelo aos proprietários de infra-estruturas
sociais, económicas, culturais e desportivas para iniciar um trabalho de
reabilitação dos seus locais de actividades, bem como se propôs a apoiar na
reabilitação e restauração de outros lugares históricos.
Para servir de exemplo,
o Conselho Municipal da cidade da Ilha de Moçambique procedeu recentemente ao
lançamento das obras de reabilitação do edifício onde actualmente funcionam os
seus serviços.
Para esta acção foram
desembolsados a favor do empreiteiro responsável pelos trabalhos um montante
estimado em oito milhões de meticais.
O edil local, Saíde
Abdurremane Gimba, disse que a obra de reabilitação em curso daquele edifício é
a segunda desde que foi construído em 1745.
A primeira intervenção
foi realizada no longínquo ano de 1910. E 16 anos depois, a administração
colonial portuguesa patrocinou obras de restauro consideradas de pequena
envergadura e que consistiram na pintura interior e exterior do edifício.
O monumento foi evacuado
em termos de serviços para permitir a execução cabal e tranquila dos trabalhos
de grande envergadura.
Depois dos trabalhos
chegarem ao fim poder-se-á considerar o edifício como sendo adequado para
abarcar quase a totalidade dos serviços da edilidade, particularmente
burocráticos, que foram descongestionados para outros imóveis.
Saide Abdurremane Gimba
garantiu que o aspecto arquitectónico do edifício, sobretudo a sua fachada
frontal, não merecerá quaisquer alterações em respeito às recomendações da
Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (UNESCO),
relativamente as cidades ou locais considerados patrimónios históricos da
Humanidade.
O edil disse ter instado
a todos os proprietários e ou gestores de infra-estruturas sociais, económicas
culturais e desportivas implantadas na sua cidade e que se encontram num estado
físico que exige intervenções visando o seu restauro no sentido de iniciar
trabalhos nesse sentido.
Considerou que, os três
anos que separam a data da comemoração dos 200 anos da elevação da Ilha de
Moçambique ao estatuto de cidade são suficiente para quem reúne parcos recursos
financeiros para investir nas obras.
O apelo da edilidade
está a merecer atenção por parte dos munícipes a ponto da exploração dos
materiais de construção usados para o restauro dos imóveis estar a conhecer uma
pressão considerável.
Saide Abdurremane Gimba
disse que esse facto é importante, pois, confere as comunidades que se dedicam
ao corte de produtos florestais, extracção de areia e pedra e produção de cal,
oportunidade para fazer melhorar a sua receita resultante da comercialização
daqueles materiais.
Os referidos materiais
são explorados não só ao nível da autarquia da Ilha de Moçambique como no
vizinho distrito de Mossuril de onde provém a madeira da variedade mecrusse,
cuja resistência está estimada em mais de um século, a qual foi usada para a
construção dos edifícios mais antigos implantados naquela cidade mais velha no
país.
Em 1991 a UNESCO elevou
a Ilha de Moçambique foi elevada à categoria de Património Cultural da
Humanidade, transformando-se na primeira “obra” que o país registava nos anais
daquela prestigiada instituição das Nações Unidas.
domingo, 28 de junho de 2015
Colóquio literário sobre os 40 anos de independência de Moçambique
Decorre desde há dias em
Maputo, o Colóquio 40 anos da Independência nacional. O evento, realizado pelo
Movimento Literário Kuphaluxa, tem como objectivo reflectir sobre os processos
literários moçambicanos e decorre até 1 de Julho.
A primeira sessão
“Os Caminhos da Escrita” foi orientada pelos professores de Literatura da
Universidade Eduardo Mondlane, Osvaldo das Neves e Lucílio Manjate.
Na sua dissertação,
Osvaldo das Neves, falou das linhas de criação apesar da diferença temporal,
sublinhando a ideia de uma herança literária nos autores actuais. Neves lançou
duras críticas ao momento actual da vida literária e cultural do país, quanto a
banalização do produto da criação intelectual, referindo-se à distracção que a
sociedade actual tem em relação à Literatura em detrimento do consumo excessivo
de produtos culturais sem qualidade.
Lucílio Manjate
titulou “A literatura moçambicana na voz dos autores”, e referiu-se ao que
considera “falta de sensibilidade artística” das instituições culturais.
Perante um público que afluiu ao Centro Cultural Brasil – Moçambique, composto
maioritariamente por estudantes universitários, Manjate, disse que não
basta que haja um Ministro da Cultura que seja artista, “é preciso que os
outros componentes dessa instituição tenham sensibilidade para as artes e
quiçá, sejam artistas”.
Presente e atento ao
colóquio cujo tema era “Os Caminhos da Escrita”, o escritor Juvenal Bucuane
reclamou a dificuldade de publicação de livros, pelo que a Literatura
moçambicana é “praticamente feita dos mesmos autores”. Bucuane, antigo
secretário-geral da Associação dos Escritores Moçambicanos e um dos fundadores
da revista Charrua, diz que a falta de críticos ainda coloca os autores
nacionais no esquecimento e empobrece a Literatura moçambicana.
Reagindo, Lucílio
Manjate, partiu em defesa da academia, explicando que a crítica académica
precisa de tempo para ser elaborada, pois implica análises mais aprofundadas
para a fundamentação da obra. O professor, também escritor, criticou a
comunicação social, pela falta da crítica ao seu nível. No entender do
professor, é papel do jornalista ou críticos contratados para o efeito, seja
pelas editoras, ou pelos órgãos de informação, que deveriam produzir a crítica
que chegue aos potenciais leitores.
No dia 24 de Junho, o Colóquio 40 Anos de
Independência de Moçambique, teve a segunda sessão com o tema “Literatura
Moçambicana depois de amanhã” através dos professores Óscar Fumo, da
(FLCS-UEM), e Sara Jona, também docente de Literatura na Universidade A
Politécnica, sob moderação do escritor Jaime Munguambe Júnior.
A última sessão será no
dia 01 de Julho, moderada por Agostinho Inguane, com os oradores Dionísio
Bahúle, formado em filosofia pela Universidade Pedagógica e o professor Albino
Macuácua, da (FLCS-UEM), com o tema “Literatura, estética e metáfora”.
O Movimento Literário
Kuphaluxa pretende assim trazer ao de cima a opinião especializada sobre a vida
literária no país, fortalecendo o sistema literário.
notícias de maputo
Xingomana: a dança da libertação
Alcides Tamele
XINGOMANA não se dança
com sapatos, dança-se para a liberdade. Foi isso que doze grupos de igual
número de distritos de Gaza mostraram no fim-de-semana passado na aldeia moçambicana
de Nwadjahane, na primeira edição do Festival Xingomana.
Dançaram e cantaram
pessoas de diferentes faixas etárias, maioritariamente mulheres adultas, que
não pouparam esforços para serem destacados como os melhores. Sorte teve o
Grupo Cultural de Nwadjahane que convenceu o júri, ficando em primeiro lugar
com um prémio monetário de 104 mil meticais.
O segundo e terceiro
lugar foram atribuídos aos grupos de Xai-Xai e Bilene com os prémios de 69400
meticais e 34800 meticais respectivamente.
O júri viu-se obrigado a
desqualificar o grupo da cidade de Xai-Xai que, por razões desconhecidas, todos
os elementos executaram a dança calçados o que, segundo entendidos na matéria,
quebra a originalidade dos movimentos.
A demonstração e o
empenho mostravam que estes grupos não dançavam apenas pelos prémios, dançavam
pela liberdade e soberania que tem desde que o país se libertou do colonialismo
português.
Foi essa liberdade
inspirada por Eduardo Mondlane, nascido em Nwadjahane, a 20 de Junho de 1920,
que motivou a realização da primeira edição do Festival Xingomana.
A iniciativa pretendia
celebrar a vida e obra do primeiro presidente da Frente de Libertação de
Moçambique (FRELIMO), movimentou que libertou o país.
Foi com intenção de
celebrar a vida do “Arquitecto da Unidade Nacional” que estes grupos dançaram e
não se pouparam. Cada colectivo apresentava o seu canto, todos inspirados na
ideia de liberdade, tal como apregoava Mondlane.
Trajados informalmente e
com detalhes que caracterizam esta cultura, crianças, adolescentes, jovens e
adultos entoavam seus cantos e dançavam, uns com mais vigor que os outros e com
experiências diferentes.
Sob o lema “Celebrando
Eduardo Mondlane”, o Festival Xingomana também visava celebrar os 95 anos que
Eduardo Mondlane completaria se fosse vivo. Foi essa uma das razões que levou
cidadãos nacionais e estrangeiros a testemunharem aquele evento.
Para além da dança
Xingomana, oriunda da província de Gaza, mas alargada a outras regiões do país,
o festival teve outras componentes como uma feira gastronómica e visitas
guiadas ao Museu Aberto de Nwadjahane.
Chude Mondlane, uma das
organizadoras, esclareceu que a iniciativa mostrou-se viável e a ideia é criar
condições para que o festival seja anual e com a obrigação de melhorar a
qualidade a cada edição.
“Também queremos
incentivar a candidatura da dança Xingomana à lista do Património Cultural da
Humanidade, conferido pela Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência
e Cultura”, acrescentou.
EXPLORAR POTENCIAL
TURÍSTICO E CULTURAL
A ideia dos
organizadores do festival, aNkateko Produções e N’Tchaia Produções, é explorar
o potencial cultural e turístico desta dança para contribuir para o crescimento
local, regional e de todo o território nacional.
Para tal, será preciso
integrar os conteúdos sobre esta dança no curriculum local, que, por sua vez,
deverá estimular palestras, debates e concursos nas escolas, o que aumentará
mais o conhecimento, a viabilidade e informação sobre a cultura xingomana.
É neste sentido que os
organizadores convidaram o governo provincial de Gaza a participar nesta
iniciativa. A governadora Stella da Graça mostrou-se satisfeita com o evento e
manifestou total apoio, apelando a participação de todos os cidadãos nacionais.
“Demonstrar a ligação
intrínseca entre a cultura e o turismo, provando que a cultura é um veículo de
desenvolvimento social, cultural e económico. É preciso explorar esses recursos
para o bem de todos”, referiu.
Ela defende ainda que o
Festival Xingomana pode promover o potencial histórico-cultural que pode ser
explorado e associado ao turismo pode contribuir para o desenvolvimento do
país.
Nwadjahane ficou, deste
modo, como referência de turismo cultural da comunidade, tendo como suporte a
vida e obra de Eduardo Mondlane, perpetuando, assim, os seus ideais.
UM LUGAR HISTÓRICO
Entre os participantes
do primeiro Festival Xingomana estavam cidadãos de quase toda a região sul e de
países vizinhos como África do Sul e Swazilândia, entre eles Godfrey Mondlane,
um sul-africano que desde muito segue a história de vida de Eduardo Mondlane.
Foi com a curiosidade de
conhecer o local de origem do Arquitecto de Unidade Nacional que ele e sua
família se deslocaram a Nwadjahane e participaram da visita guiada ao Museu
Aberto de Nwadjahane.
O local possui vários
elementos culturais que ligam o espaço à vida de Eduardo Mondlane, entre os quais
destacam-se o cemitério da família Mondlane, a palhota em que o obreiro da
unidade nacional viveu na sua infância, a casa que mandou construir em 1961,
quando já era funcionário das Nações Unidas.
O museu de Nwadjahane
visa documentar os momentos da vida de Mondlane e elementos da cultura e
história desta família.
notícias de maputo
Pepetela reedita em Luanda "As Aventuras de Ngunga"
O
escritor angolano Pepetela que apresentou sábado, em Luanda uma reedição de “As
Aventuras de Ngunga”, no âmbito do Jardim do Livro Infantil, considerou fundamental
existir uma biblioteca em cada escola, pública ou privada, para incentivar o
hábito e o gosto pela leitura. “É a minha última batalha e acredito que vou
vencer”, garantiu.
Pepetela
considera o livro “As Aventuras de Ngunga” um exemplo da necessidade de
existirem bibliotecas nas escolas. “Quando o escrevi eram, teoricamente, textos
independentes, para suprir a falta de livros entre os jovens. Os jornais do
‘movimento’ [MPLA] não chegavam até várias zonas do país e o livro servia de um
guia”, disse.
Defendeu
uma maior aproximação entre os autores e os leitores, através de feiras e de
outras actividades, em especial as de âmbito escolar, para o criar de leitura e
preparar as crianças para os desafios futuros.
O
livro “As Aventuras de Ngunga” foi escrito e publicado em 1972 na zona de
guerrilha no Leste do país. Desde a sua publicação já teve várias edições.
Natural de Benguela, Pepetela publicou romances de grande tiragem, como “Muana Puó”, “A revolta da Casa dos Ídolos”, “Mayombe”, “Yaka”, “O Cão e os Calús”, “Lueji”, “A Geração da Utopia”, “A Parábola do Cágado Velho”, “A gloriosa família” e “Jaime Bunda, agente secreto”.
jornal de angola
sexta-feira, 26 de junho de 2015
Investigação sobre história do comércio swahili em Moçambique
UM grupo de
pesquisadores da Universidade Complutense de Madrid vai realizar uma
investigação sobre o comércio intercultural swahíli na ilha das Quirimbas,
durante o primeiro milénio, ao longo da costa da província de Cabo Delgado, no
norte de Moçambique.
“O nosso objectivo
principal é investigar como foi o processo comercial swahíli na região,
analisando as influências culturais que os povos autóctones sofreram”, disse à
LUSA Marisa Ruiz-Galvez, investigadora espanhola e líder da equipa, que
apresentou recentemente uma conferência sobre arte rupestre africana em Maputo.
Antes da presença dos
portugueses no século XV, por volta do século VI, a zona costeira do território
moçambicano, principalmente no norte do país, foi palco do comércio mercantil
árabe, que teve início com a chegada dos primeiros navegadores estrangeiros,
vindos maioritariamente da Ásia.
De acordo com os
pesquisadores, a escolha de Moçambique para a pesquisa está relacionada com o
facto de o país ser pouco explorado a nível de estudos arqueológicos,
principalmente no que diz respeito ao comércio swaíli na zona norte.
“Seria muito
interessante percebermos como funcionavam as sociedades indígenas, tanto na
costa como no interior, e, tendo em conta que estas especificidades nunca foram
estudadas em Moçambique, achamos que é um campo muito fértil para ser
explorado”, acrescentou Jorge Torres, pesquisador e catalogador de arte
rupestre africana no British Museum de Londres.
Os primeiros
comerciantes árabes que chegaram ao território moçambicano traziam panos,
vidros, missangas, sal e objectos de metal, e em troca os povos da região
devam-lhes ouro, óleo de palma, cornos de rinocerontes, pele de animais e
marfim, num contacto que deixou como legado aos povos autóctones os hábitos,
culturas e crenças religiosas proveniente do mundo árabe.
“Nós queremos perceber
se o contacto entre os povos locais e os povos comerciantes fez com que os
povos locais salvaguardassem os seus valores étnicos ou, pelo contrário,
condicionou a que estes perdessem os mesmos”, reiterou Vítor Fernández,
integrante da equipa da Universidade Complutense de Madrid e que trabalha em
África há mais de 20 anos, em pesquisas arqueológicas.
As pesquisas
preliminares feitas por arqueólogos locais indicam que existem elementos
importantes nas zonas costeiras do norte de Moçambique e que podem ser
explorados. Entretanto, segundo Jorge Torres, é preciso que haja uma boa gestão
de expectativas, na medida em que a área ainda não foi profundamente
pesquisada.
“Antes de mais, se
realmente existem tais artefactos, precisamos saber de que período são, porque
nós estamos interessados principalmente no primeiro milénio e no processo de
formação dessas sociedades”, afirmou Jorge Torres, lembrando que um arqueólogo
nunca sabe especificamente o que vai encontrar.
Numa primeira fase, com
apoio de arqueólogos moçambicanos da Universidade Eduardo Mondlane (UEM), a
equipa fará o reconhecimento do local, como forma de se familiarizar com o
campo de estudo, e num segundo momento, nos próximos meses, os pesquisadores
voltarão para iniciar as pesquisas.
“África tem um enorme
potencial arqueológico, entretanto, é necessário que sejam realizados mais
trabalhos do género, como forma de explorar este potencial”, enalteceu Vítor
Fernández, apontando para a expansão bantu, movimento de povos africanos
através do rio Benue-Cross, no sueste da Nigéria, em direcção à zona austral de
África durante três milénios, e o império Monomotapa, entre 1430 e 1760, como marcos
importantes para estudos arqueológicos.
“Diferente do que se
pensa no estrangeiro, as sociedades africanas são povos muito complexos e com
uma diversidade cultural muito forte, o que enriquece os estudos
arqueológicos”, salientou Marisa Ruiz-Galvez, destacando, a título de exemplo,
o Império Marave, formado entre 1200 a 1400 nas proximidades do rio Zambeze, e
que se dissolveu, entre vários factores, com a penetração mercantil portuguesa
no vale do Zambeze, a partir do século XVI.
O projecto, desenvolvido
em cooperação com a UEM e com o apoio do Governo moçambicano, tem um prazo de
três anos e vai ser financiado pelo Governo de Madrid, através do Ministério de
Economia e Competitividade.
Grupo angolano Kulonga encerra festival de teatro em Maputo
“Loucura de barriga vazia”, do grupo
teatral angolano Kulonga, foi a peça eleita para encerrar, domingo último, a
12ª edição do Festival Internacional de Teatro de Inverno que decorreu em
Maputo.
Já que, nesta edição, as actuações
teatrais estavam conjugadas com a música, a banda moçambicana Thikyt também foi
chamada ao encerramento. Tal como no primeiro dia, o último também
esteve abarrotado. Aliás, quase todas as sessões tiveram número considerável de
espectadores na Casa Velha.
Além da música, mais actividades
alternativas coloriram o festival, como a dança, debates com diferentes painéis
e a atribuição de homenagens e troféus de carreira a entidades ligadas às
artes, à cultura e a trabalhos de responsabilidade cultural.
Neste dia, o teor didáctico mas
também cómico de “Loucura de barriga vazia” deixou os presentes deveras
animados. O grupo teatral Kulonga - um dos maiores em Angola, actualmente -
participou na 5ª edição do Festival Internacional de Teatro de Ubá, no Brasil,
onde amealhou cinco troféus nesta que foi a primeira participação de um grupo
estrangeiro na iniciativa.
o país
quinta-feira, 25 de junho de 2015
40 anos de independência de Moçambique em fotografia
Quarenta fotografias e mais de 20
cartazes encontram-se expostos, em Maputo, desde quarta-feira, no Centro
Cultural Brasil-Moçambique. A mostra que retrata o período da conquista da
Independência Nacional é denominada “Imagens Históricas da Independência”.
A presente mostra tem como objectivo
colocar à disposição do público material único sobre o processo de
Independência de Moçambique. Tanto as fotografias como os cartazes evidenciam o
período da conquista da autonomia política do país, com destaque para as
imagens históricas de Eduardo Mondlane e Samora Machel.
Moçambique tornou-se independente a 25 de Junho de 1975, depois de 10 anos de luta de libertação nacional contra o colonialismo português, dirigida pela FRELIMO liderada por Eduardo Mondlane e depois por Samora Machel, este ultimo vindo a tornar-se no primeiro presidente do país.
quarta-feira, 24 de junho de 2015
Selo alusivo aos 40 anos de Cabo Verde
Os Correios de Cabo Verde lançaram ontem, terça-feira, 23, na Praia,
o selo dos 40 anos da independência nacional. O lançamento aconteceu na
exposição itinerante evocativa dos 25 anos da Associação Internacional das
Comunicações de Expressão Portuguesa (AICEP).
O selo, conforme a administradora dos Correios de Cabo Verde, Alita Dias, é
uma produção dos artistas Leão Lopes e Valdemar Lopes e foi inspirado na
bandeira nacional.
A abertura oficial aconteceu na Biblioteca Nacional, local onde a mostra
estará patente, e foi presidida pela ministra das Infra-estruturas e Economia
Marítima, Sara Lopes para a qual o lançamento do selo pode ajudar a contar um
pouco da história do país.
A exposição decorre até 3 de Julho e para o presidente da CV Telecom,
Manuel Inocência Sousa, a mesma foi concebida com o objectivo de percorrer
todos os países de língua portuguesa até Novembro deste ano.
“Escolhemos esta data para receber a exposição em Cabo Verde, para poder
coincidir também com as comemorações de 40º Aniversário da independência de
Cabo Verde”, explicou.
A AICEP é uma associação internacional, científica e técnica, de carácter
não-governamental e sem fins lucrativos, que tem por objectivo promover o
estreitamento das relações entre os seus membros, da área das comunicações.
expresso das ilhas
Feiras do livro infantil em todas provincias angolanas
Em todas as províncias de Angola, vão decorrer de hoje, quarta-feira, a domingo, feiras do Livro Infantil, com o objectivo de promover hábitos de leitura as crianças. Para tal, 140 mil livros infantis foram distribuídos em todo o país.
Em Luanda, o lançamento de seis novas obras literárias e duas
reedições marcam o programa de literatura da nona edição do Jardim do
Livro Infantil.
Cremilda de Lima lança lançar dois livros, Pepetela,
Zulinni Bumba, Rosa Pereira, Óscar Alves e Valdemar Sakwesa e Roderick Nehone,
um livro cada.
Trinta empresas, editoras e instituições vão expor na capital do país, mais de 50 mil livros para crianças. As actividades encerram dia 28, e congregam outras acções, entre as quais um espectáculo infanto-juvenil.
Nas províncias do Moxico e do Huambo mais de sete
mil livros serão expostos e vendidos nos respectivos Jardins do Livro Infantil,
um aumento de cerca de dois mil livros em relação ao ano anterior.
No Bengo, estarão expostos e a venda cerca de quatro
mil livros infantis de escritores angolanos e estrangeiros .
O Jardim do Livro Infantil é um certame de periodicidade anual que comporta
um conjunto de actividades de carácter cultural e educativo dirigido às
crianças, pais e educadores, tendo como elementos centrais o livro e a leitura.
Os jardins visam também proporcionar às crianças diversos equipamentos
recreativos, para ensiná-las brincadeiras educativas.
Visa ainda o reconhecimento do
trabalho dos criadores de obras dirigidas às crianças, particularmente no
domínio do livro, e é uma forma de reconhecer que o livro é um elemento
fundamental no processo de desenvolvimento da criatividade e personalidade da
criança, de educação estética, de aquisição de valores morais e de
conhecimentos técnicos e científicos
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