quinta-feira, 3 de dezembro de 2015

Criada fundação cultural José Craveirinha

 
O Governo moçambicano aprovou uma resolução que autoriza a criação da Fundação José Craveirinha, em homenagem ao malogrado poeta com mesmo nome, como pessoa colectiva com personalidade jurídica.
A fundação é reconhecida como pessoa colectiva, sem fins lucrativos, que tem por finalidade realizar, promover e patrocinar acções de carácter cultural, científico educativo nos domínios literatura, desporto, educação.
O anúncio da criação da Fundação José Craveirinha, Prémio Camões em 1991, foi feito pelo porta-voz do Governo e vice-ministro da Saúde, Mouzinho Saíde, depois da 42.ª sessão ordinária do Conselho de Ministros, em Maputo.
“O Governo aprovou a resolução que reconhece à Fundação José Craveirinha a qualidade de sujeito de direito com responsabilidade jurídica”, disse Mouzinho Saíde, acrescentando que as actividades enumeradas deste organismo terão especial enfoque para a juventude.
Explicou que, essencialmente, essa fundação é reconhecida a autorização para a promoção e patrocínio de actividades de caracter cultural, científico e educativo nos domínios da literatura, desporto e educação.
Falecido a 6 de fevereiro de 2003, aos 80 anos de idade, José Craveirinha foi o primeiro escritor moçambicano e africano a ganhar o Prémio Camões, em 1991, o maior e mais importante galardão literário de língua portuguesa.
José Craveirinha nasceu no bairro da Mafalala, em Maputo, a 28 de Maio de 1922. No seu percurso trabalhou como jornalista nos periódicos moçambicanos “O Brado Africano”, “Notícias”, “Tribuna”, “Notícias da Tarde”, “Voz de Moçambique”, “Notícias da Beira”, “Diário de Moçambique” e “Voz Africana”.
Como escritor e poeta usou diversos pseudónimos, entre os quais Mário Vieira, J.C., J. Cravo, José Cravo, Jesuíno Cravo e Abílio Cossa.
Foi o primeiro presidente da Mesa da Assembleia Geral da Associação dos Escritores Moçambicanos, entre 1982 e 1987. Em sua homenagem, a Associação dos Escritores Moçambicanos (AEMO), em parceria com a Hidroeléctrica Cahora Bassa (HCB), instituiu em 2003, o Prémio José Craveirinha de Literatura.
Entre os livros que publicou destacam-se “Xigubo”, “Cantico a un dio di Catrame” “Karingana ua Karingana”, “Cela 1”, “Maria” e “Izbranoe”, que lhe valeram vários prémios como o Cidade de Lourenço Marques (1959), Reinaldo Ferreira do Centro de Arte e Cultura da Beira (1961), de Ensaio do Centro de Arte e Cultura da Beira (1961),

Alexandre Dáskalos da Casa dos Estudantes do Império, Lisboa, (1962), Nacional de Poesia de Itália (1975), Lotus da Associação de Escritores Afro-Asiáticos (1983), Medalha Nachingwea do Governo de Moçambique (1985), entre outros.
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