Integrar as crianças de
rua, através das artes e cultura, é um dos objectivos de um projecto que será
implementado, até Janeiro próximo, pela Casa da Cultura do Alto Maé, cidade de
Maputo.
A iniciativa, cujo nome
ainda não foi escolhido, pretende juntar crianças de rua para aprenderem
técnicas de música, teatro, pintura, dança e outras expressões
artístico-culturais de modo a terem uma opção de sobrevivência.
Para tal, a Casa da
Cultura do Alto Maé já possui instrumentos necessários para estas actividades,
bem como coordenadores e voluntários prontos para ir à rua e juntar os petizes
pela arte e cultura.
O director da Casa da
Cultura do Alto Maé, Jorge Langa, disse que a expectativa é que as crianças
beneficiárias vejam a iniciativa com bons olhos, se sintam integradas e abracem
uma arte para que sejam úteis à sociedade.
“As crianças, que têm a
rua como ‘habitat’, possuem um talento e é necessário descobrir e explorar.
Esperamos ensinar-lhes arte para a sua profissionalização e que
consequentemente consigam ter rendimentos com o trabalho que possam fazer”,
afirmou o director.
“Temos instrumentos
musicais, de pintura, por exemplo, também temos coordenadores e voluntários
prontos para ir à rua e desenvolver esse trabalho”, reiterou Langa.
Por sua vez, Zeca
Uamusse, professor de música na Casa da Cultura do Alto Maé, que aceitou
trabalhar nesta iniciativa, disse que é preciso incentivar e fazer com que
essas crianças se interessem pelo teatro, música e pintura.
“Trata-se de crianças
iguais a todas as outras e que, no entanto, precisam de maior atenção e
acompanhamento para poderem estar em condições de ter uma opção para deixar as
ruas”, afirmou Uamusse.
A Casa da Cultura do
Alto Maé é uma instituição que desenvolve actividades culturais com objectivo
de formar crianças e jovens em iniciação artística nas áreas de teatro, música,
danças tradicionais, entre outras actividades.
Começou a funcionar
oficialmente em Outubro de 1978, sob orientação das estruturas governamentais,
tornando-se na primeira do género no país. Mesmo com as dificuldades que
afectaram o seu funcionamento nos últimos anos, a instituição continua a ser um
dos pilares da movimentação cultural do país.
jornal notícias de maputo
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