O respeito dos túmulos dos reis e sobas, muito comum
na região do Huambo (planalto central angolano), é um ritual dos Akokotos pouco divulgado, correndo o risco
de desaparecer.
Trata-se de um ritual realizado pelas autoridades tradicionais quando
buscam paz, sabedoria e prosperidade. A tradicional cerimónia dos Akokotos, que
implica a matança de um boi, cabrito ou galinha, e a oferenda de bebidas
alcoólicas, consoante o impacto do que se busca, é realizada principalmente na
época de cacimbo.
Segundo o historiador angolanoVenceslau
Casese, Akokoto, expressão que na língua nacional umbundu significa caveira, é
parte da cultura do povo do Huambo e dentro da perspectiva antropológica e
religiosa desempenha um papel muito importante na preservação da crença e
espiritualidade.
Venceslau Casese afirmou que nos reinos do planalto central as cabeças das
pessoas que se notabilizaram, sobretudo dos soberanos e sobas que deixaram
honra, memória e história, não são enterradas, mas sim conservadas nas encostas
das montanhas ou em tabernáculos (etambos), locais chamados de Akokotos.
“Temos a crença que aqueles que morreram continuam ainda vivos, mas de uma
forma diferente, e têm influência na vida das pessoas, dada a vivência sabia e
exemplar que tiveram, daí a importância de serem preservados no tempo e na
história, segundo a religião”, argumentou.
Informou que nos momentos de necessidade e calamidades as autoridades
tradicionais acorrem a estes locais para suplicarem aos antepassados as
necessidades das comunidades.
“Geralmente encontram respostas, porque este ritual faz parte da fé ou
dimensão antropológica e espiritual do homem, que deve ser respeitado pela
ciência e por todos”, defendeu.
Na opinião do historiador, tendo em conta o seu significado histórico e
importância cultural, este ritual deve ser mais divulgado, no contexto da
campanha de resgate dos valores cívicos e morais da sociedade.
"Tal divulgação deve ser feita nas instituições académicas, nas
comunidades em geral e nos órgãos de comunicação social, através de palestras,
conferências e debates", acrescentou.
Na província do Huambo, a tradição dos Akokotos mantém-se até aos dias de
hoje, com grande incidência nas ombalas do Huambo, Bailundo e
Chicala-Cholohanga.
angop
A quem interessar possa:
ResponderEliminarAKOKOTO, Em defesa dos nos nossos ancestrais
Esta cerimônia não chegou aqui em Brasil com a tradição plena. O máximo que se tem cá são as atividades oriundas da cultura ocidental ligadas acima de tudo ao cristianismo.
O máximo que se tem por cá é o cemitério do VALONGO na cidade do Rio de Janeiro.
Em Santa Luzia , cidade do estado de Minas Gerais que recebeu muitos escravizados possui um cemitério dos escravos que hoje está ameaçado de ter seu terreno loteado pela especulação imobiliária.
A comunidade quilombola não possui força o suficiente para desarticular o evento. Também as autoridades municipais e estaduais não tem motivos para embargar a ameaça.
Pelo menos estou eu enquanto afro descendente fazendo esta denúncia .Segue meus contatos para posteriores entendimentos
Geraldo André da Siilva
e-mail zfandre@hotmail.com
telefone móvel
5531 972440121
Gostaria de saber o porque que quando uma mae da luz bebesgemeos é arrastada no lodo
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