A 10.ª Edição do
Festival de Cinema Africano que decorre em Lausana, Suíça, até domingo inclui
uma selecção de 54 filmes oriundos de 22 países, entre os quais Moçambique e
Guiné-Bissau.
O filme guineense “O
Espinho da Rosa” que aborda os temas da pedofilia e incesto é um dos presentes.
Trata-se da primeira longa-metragem do guineense Filipe Henriques, que não está
presente em Lausana.
O realizador moçambicano
Sol de Carvalho apresenta o seu primeiro documentário, “Caminhos da Paz. Com
mais de 120 realizações e produções, Sol de Carvalho quis oferecer neste
documentário um retrato jornalístico e histórico sobre o processo de paz em
Moçambique.
“Queria dar um legado
para as novas gerações. Um dia vão ver este filme e poder reflectir sobre o
passado do país”, disse à Agência Lusa o realizador que também trabalhou como
jornalista.
Neste documentário
trabalhou com imagens de arquivos e entrevistas a personalidades envolvidas na
assinatura dos Acordos de Paz.
Com este filme, Sol de
Carvalho descobriu novos aspectos da guerra e da reconciliação. Isso levou o
realizador a explorar outros temas, como a influência da “guerra fria” na África
Austral, as crenças tradicionais durante a guerra e o papel das mulheres
durante o conflito.
O Festival de Cinema
Africano celebra dez anos de actividade e começou a ganhar fama internacional
há cerca de quatro anos, de acordo com o director do festival Boubacar Samb.
Questionado sobre o
cinema dos PALOP no Continente Africano, Boubacar Samb ressaltou “a qualidade
técnica dos filmes moçambicanos e angolanos” e acrescentou que “a guerra e
pós-guerra são temas recorrentes”.
Este ano, entre os
eventos previstos, a organização dedica uma retrospectiva em homenagem a Paulin
Soumanou Vieyra, pioneiro do cinema africano nascido no Benim, e mostra uma
exposição do fotógrafo congolês Baudouin Mouanda.
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