terça-feira, 25 de agosto de 2015

Moçambique e Guiné-Bissau no festival de cinema da Suíça

A 10.ª Edição do Festival de Cinema Africano que decorre em Lausana, Suíça, até domingo inclui uma selecção de 54 filmes oriundos de 22 países, entre os quais Moçambique e Guiné-Bissau.
O filme guineense “O Espinho da Rosa” que aborda os temas da pedofilia e incesto é um dos presentes. Trata-se da primeira longa-metragem do guineense Filipe Henriques, que não está presente em Lausana.
O realizador moçambicano Sol de Carvalho apresenta o seu primeiro documentário, “Caminhos da Paz. Com mais de 120 realizações e produções, Sol de Carvalho quis oferecer neste documentário um retrato jornalístico e histórico sobre o processo de paz em Moçambique.
“Queria dar um legado para as novas gerações. Um dia vão ver este filme e poder reflectir sobre o passado do país”, disse à Agência Lusa o realizador que também trabalhou como jornalista.
Neste documentário trabalhou com imagens de arquivos e entrevistas a personalidades envolvidas na assinatura dos Acordos de Paz.
Com este filme, Sol de Carvalho descobriu novos aspectos da guerra e da reconciliação. Isso levou o realizador a explorar outros temas, como a influência da “guerra fria” na África Austral, as crenças tradicionais durante a guerra e o papel das mulheres durante o conflito.
O Festival de Cinema Africano celebra dez anos de actividade e começou a ganhar fama internacional há cerca de quatro anos, de acordo com o director do festival Boubacar Samb.
Questionado sobre o cinema dos PALOP no Continente Africano, Boubacar Samb ressaltou “a qualidade técnica dos filmes moçambicanos e angolanos” e acrescentou que “a guerra e pós-guerra são temas recorrentes”.

Este ano, entre os eventos previstos, a organização dedica uma retrospectiva em homenagem a Paulin Soumanou Vieyra, pioneiro do cinema africano nascido no Benim, e mostra uma exposição do fotógrafo congolês Baudouin Mouanda.

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