terça-feira, 15 de setembro de 2015

Acordo para recuperação de património histórico angolano

 
Um acordo de cooperação que visa a recuperação, preservação e divulgação dos monumentos e sítios históricos localizados no Corredor do Kwanza, foi assinado no fim-de-semana pelo Ministério da Cultura, o Governo do Kwanza Norte, o Gabinete de Aproveitamento do Médio Kwanza (Gamek) e a Odebrechet.

O acordo estabelece que o Ministério da Cultura e o Governo do Kwanza Norte têm a responsabilidade de fornecer informações escritas, cartográficas e fotográficas, bem como aprovar, coordenar e acompanhar as acções visando a identificação do património histórico, arquitectónico, arqueológico e cultural existente na região de Lauca.

Devem também identificar, documentar e proteger os bens culturais catalogados, bem como desenvolver trabalhos de investigação dos bens patrimoniais e tornar público os seus resultados. O acordo foi assinado no âmbito da realização da 6ª edição da Feira do Dondo, que encerrou domingo na sede do município de Cambambe.

Numa antevisão dos futuros resultados do acordo, a Fortaleza de Cambambe, um monumento histórico e cultural, está a ser reabilitada, numa acção conjunta do Ministério da Cultura e da empresa brasileira Odebrechet.

Esta fortificação foi erguida pelo exército português em 1604, como ponto de apoio avançado à penetração e conquista do interior do território angolano pela via do rio Kwanza, o maior do país. Além de materializar a presença militar portuguesa, a fortaleza tornou-se num entreposto de mercadorias e de escravos capturados na região, onde aguardavam a sua transferência para o continente americano.


As ruínas de Cambambe foram classificadas como Monumento Nacional, através do Decreto Provincial n.° 67, de 30 de Maio de 1925, na era do domínio colonial português.

jornal de angola

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