Um acordo de cooperação que visa a recuperação, preservação e divulgação
dos monumentos e sítios históricos localizados no Corredor do Kwanza, foi
assinado no fim-de-semana pelo Ministério da Cultura, o Governo do Kwanza
Norte, o Gabinete de Aproveitamento do Médio Kwanza (Gamek) e a Odebrechet.
O acordo estabelece que o Ministério da Cultura e o
Governo do Kwanza Norte têm a responsabilidade de fornecer informações
escritas, cartográficas e fotográficas, bem como aprovar, coordenar e
acompanhar as acções visando a identificação do património histórico,
arquitectónico, arqueológico e cultural existente na região de Lauca.
Devem também identificar, documentar e proteger os
bens culturais catalogados, bem como desenvolver trabalhos de investigação dos
bens patrimoniais e tornar público os seus resultados. O acordo foi assinado no
âmbito da realização da 6ª edição da Feira do Dondo, que encerrou domingo na
sede do município de Cambambe.
Numa antevisão dos futuros resultados do acordo, a
Fortaleza de Cambambe, um monumento histórico e cultural, está a ser
reabilitada, numa acção conjunta do Ministério da Cultura e da empresa
brasileira Odebrechet.
Esta fortificação foi erguida pelo exército português
em 1604, como ponto de apoio avançado à penetração e conquista do interior do
território angolano pela via do rio Kwanza, o maior do país. Além de
materializar a presença militar portuguesa, a fortaleza tornou-se num
entreposto de mercadorias e de escravos capturados na região, onde aguardavam a
sua transferência para o continente americano.
As ruínas de Cambambe foram classificadas como
Monumento Nacional, através do Decreto Provincial n.° 67, de 30 de Maio de
1925, na era do domínio colonial português.
jornal de angola
Sem comentários:
Enviar um comentário