Kimpa Vita e Njinga Mbandi são duas das “grandes figuras femininas” que o antigo futebolista francês Lilian Thuram narra no seu livro “As Minhas Estrelas Negras - de Lucy a Barack Obama”, lançado na Mediateca de Luanda, no âmbito da sua visita a Angola.
O
autor fala dos feitos de Njinga Mbandi, soberana dos antigos reinos do Ndongo e
da Matamba, no quinto capítulo, designado “O Orgulho e a Coragem de Uma Rainha:
Ana Njinga”.
Lilian
relembra o facto de que Njinga Mbandi “exigia às mulheres da nobreza angolana
que soubessem ler e escrever e se exercitassem no manejo das armas. A rainha
Ana Njinga ainda permanece no imaginário popular como personagem única, a prova
de que os valores como o orgulho e a coragem são universais”.
Sobre
Kimpa Vita, descrita no capítulo seguinte sob o tema “A Combatente pela
Renovação: Dona Beatriz”, Lilian Thuram recorda o episódio segundo o qual Dona
Beatriz recebeu uma orientação divina de Santo António: “Na sua imensa
sabedoria, Santo António confiara-lhe a missão de libertar o reino do Congo do
domínio do invasor português que, apoiado pela bênção do Papa, iniciara o
tráfico negreiro, em 1455”.
O
livro, versão em português, esgotou os poucos exemplares que a Aliança Francesa
de Luanda pôs à venda.
Além das duas figuras femininas ligadas à História de Angola, “As Minhas Estrelas Negras - de Lucy a Barack Obama” também narra a vida de outras ilustres personalidades africanas e afro-descendentes que contribuíram para o desenvolvimento da humanidade, como Marcus Garvey, Nelson Mandela, Aimé Césaire, Patrice Lumumba, Rosa Parks, Mongo Beti, Muhammad Ali, Cheick Modibo Diarra, Barack Obama.
Além das duas figuras femininas ligadas à História de Angola, “As Minhas Estrelas Negras - de Lucy a Barack Obama” também narra a vida de outras ilustres personalidades africanas e afro-descendentes que contribuíram para o desenvolvimento da humanidade, como Marcus Garvey, Nelson Mandela, Aimé Césaire, Patrice Lumumba, Rosa Parks, Mongo Beti, Muhammad Ali, Cheick Modibo Diarra, Barack Obama.
Durante
a sua estada em Luanda, Lilian Thuram, que também visitou o Museu Nacional da
Escravatura, questiona os leitores se conseguem lembrar-se do nome de um
cientista negro, de um explorador, filósofo, ou faraó negro. Os leitores podem
encontrar as respostas nas 438 páginas da obra editada em 2013, com colaboração
do historiador Bernard Fillaire, ilustrações de Vera Tavares e tradução de
Susana Silva.
O
lançamento do livro de estreia de Lilian Thuram faz parte do ante-projecto da
12ª edição do Festival Internacional de BD e Animação “Luanda Cartoon”,
organizado pelo estúdio Olindomar, em parceria com o Instituto Camões e Aliança
Francesa de Luanda.
A visita de Thuram foi iniciativa da Aliança
Francesa e do Estúdio Olindomar.
Jornal
de Angola