O principal ponto de
partida de escravos na Ilha de Moçambique, província de Nampula, para outras
partes do mundo, com destaque para as “Américas”, está a beneficiar de obras de
restauração, com vista e a preservar a história secular daquele local.
De há algum tempo a esta
parte o “Jardim de Memórias”, como é denominado, não estava a merecer o devido
tratamento, o que constituía motivo de insatisfação para os habitantes daquela
região. A situação tornava-se mais preocupante por aquele ser um dos locais
mais visitados por turistas nacionais e estrangeiros.
Falando ao “Notícias”, o
director do Gabinete de Conservação da Ilha de Moçambique (GACIM), Celestino
Girimula, afirmou que as obras em curso são financiadas pelo do Estado em
parceria com algumas organizações das Ilhas Reunião.
Segundo avançou, depois
de concluídas as obras, o jardim poderá ter um centro de interpretação e
documentação, que disponibilizará informação para estudantes e outras pessoas
interessadas em conhecer a história do tráfico de escravos.
Ainda segundo Celestino
Girimula, o projecto de restauração do “Jardim de Memórias” contemplará também
o melhoramento da rampa de escravos de Mossuril, onde estes se juntavam antes
de serem levados para a Ilha de Moçambique, donde partiam para outros
destinos.
O Gabinete de
Conservação da Ilha de Moçambique foi criado em 2006, tendo como principais
funções planificar, coordenar e orientar as actividades de pesquisa, protecção,
conservação e restauro do património histórico e arquitectónico daquela que foi
a primeira capital do país.
jornal notícias de maputo
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