Obras de cinco artistas angolanos: António Ole, Binelde Hyrcan, Délio Jasse, Francisco Vidal e Nelo Teixeira estarão expostas no pavilhão de Angola na 56ª Exposição Internacional de Arte, Bienal de Veneza, a ter lugar de 5 a 22 Novembro .
António Ole
será igualmente o curador da segunda participação de Angola na Bienal de Veneza,
depois do pais ter ganho o Leão de Ouro na sua primeira participação em 2013.
O pavilhão
de Angola estará localizado no Palazzo Pisani, em Campo Santo Stefano.
A exposição
partirá de uma instalação central de António Ole, a marcar a frente e o verso,
sendo que Francisco Vidal apresentará obras constituídas de uma base metálica
de catanas, um símbolo da resistência angolana, como suporte de uma acção
pictórica.
Délio Jasse
mostrará uma pesquisa em suporte fotográfico sobre a memória, a sua
sedimentação e as razões do esquecimento, enquanto Nelo Teixeira apresentará um
trabalho em que a madeira é a estrutura base e a incorporação do “object
trouvé” acentuando narrativas paralelas e Binelde Hyrcan, um artista muito
ecléctico nas suas opções estéticas, mostrará vídeo e instalação da sua
pesquisa mais recente.
Esta escolha
permite a uma geração mais nova, mas com provas dadas e reconhecidas, seguindo
o legado do artista António Ole, o acesso ao circuito da Bienal de Veneza, numa
promoção do país, mas também das possibilidades de sedimentação da sua presença
internacional para assegurar o sucesso de um projecto que cumpre a exigência
desta apresentação e o perfil de contemporaneidade da próxima
representação.
A Bienal de
Veneza é um importante fórum de arte contemporânea que privilegia a
apresentação e afirmação de artistas dos países participantes.
A edição
2015, denominada “All the World’s Futures” será dividida em secções/filtros sobrepostos,
entendidos como uma constelação de parâmetros que circunscrevem as múltiplas
ideias que serão tratadas para imaginar e realizar uma diversidade de práticas.
A 56ª
exposição utilizará como filtro a trajectória histórica como a dos 120 anos da
bienal, um filtro através do qual se reflectirá sobre o actual “estado das
coisas” e sobre a “aparência das coisas”.
Angop
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