segunda-feira, 21 de março de 2016

Angola ratifica carta da Renascença Cultural africana

 

O parlamento angolano ratificou a Convenção sobre a Carta da Renascença Cultural de África, adoptada pelos Chefes de Estado e Governo da União Africana em Janeiro de 2006.

A Carta da Renascença Cultural de África, que substitui a Carta Cultural de  África, permite incrementar nos Estados Membros, o espírito do Pan-africanismo, assim como reforçar as suas políticas nacionais no domínio das artes e da cultura de forma a contribuir para a integração sócio -económica e cultural do continente.
 De  acordo com o documento, a Carta da Renascença Cultural de África assenta nas premissas de que a cultura constitui  para os povos africanos o meio mais seguro de promover o desenvolvimento tecnológico e a resposta  mais eficiente aos desafios da globalização.
Com esta ratificação, Angola  pretende encorajar a cooperação cultural entre os países africanos, com vista ao reforço da unidade  africana, bem como  encorajar o diálogo  entre culturas,  promover , em cada país, a popularização da ciência e da tecnologia, incluindo sistemas do conhecimento  tradicional como condição para uma melhor compreensão  e preservação do património cultural e natural, lê-se no documento.
Encorajar a cooperação cultural internacional para uma melhor compreensão entre os povos dentro e fora de África , reforçar o papel da cultura na promoção da paz e da governação , assim como desenvolver todos os valores dinâmicos  da herança cultural africana que promova os direitos do homem, a coesão social e o desenvolvimento humanos, são outros dos objectivos preconizados por Angola.
Na opinião das autoridades angolanas, a Carta da Renascença Cultural de África permitirá a afirmação da identidade cultural de todos os povos de África nomeadamente das línguas nacionais, da assistência à criação e expressão artísticas, da cooperação  cultural inter-africana e diáspora africana.
O documento defende o desenvolvimento das línguas africanas, a fim de garantir o seu avanço cultural e aceleração  do seu desenvolvimento económico e social do continente, a implementação  de reformas para a  introdução de línguas africanas no currículo de educação  tomando em consideração  os requisitos da coesão  social, do progresso da tecnologia e da integração  regional africana.
Aponta ainda o estabelecimento de instituições e estruturas que promovam  o reforço da criatividade e expressão artística,  a prestação  de assistência  financeira e técnica e de outras formas de apoio  para estimular a criação e a expressão artística, de preferência através do estabelecimento de fundos  nacionais  para a promoção da cultura e das artes.  

angop

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